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Aquecimento Vingadores: Guerra Infinita | Guardiões da Galáxia Vol 2 (2017) | Cinema em Review

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Daqui até o dia 26 de abril de 2018, data de estreia de Vingadores: Guerra Infinita, vamos revisar todos os filmes da Marvel Cinematic Universe, em reviews semanais (em alguns casos, dois por semana). Nosso objetivo é apresentar toda a caminhada até aqui.

Provavelmente minha perspectiva sobre os filmes será diferente daquelas que tive quando escrevi os reviews no calor da emoção. Em alguns casos, os filmes não tiveram review, porque o SpinOff.com.br ainda não existia, ou porque não fazíamos a cobertura do conteúdo de cinema que fazemos hoje.

Desse modo, uma nova série de posts nasce no blog, como aquecimento para um dos maiores eventos do cinema em 2018.

 

 

Guardiões da Galáxia Vol 2 (2017)

 

 

No mundo, existem dois tipos de pessoas: aquelas que dançam, e aquelas que não.

Isso explica bem a posição que qualquer pessoa pode ter diante de Guardiões da Galáxia Vol 2. E o filme não tenta enganar ninguém: desde o começo, ele mostra o seu sentido de espetáculo gloriosamente idiota, com humor absurdo, irreverência adolescente, tom típico de desenho animado e, de forma surpreendente, uma carga emocional que conquista a todos.

Nada é forçado ou fingido e, ainda assim, continua a ser um filme da Marvel. Segue certas regras, mas é coerente com o seu universo e com o formato de como um blockbuster deve ser.

A ambiciosa expansão desse universo busca adentrar na mitologia pessoal dos guardiões sem barreiras. O espetáculo do primeiro arco, resumindo tudo o que gostamos no primeiro filme, cria um contraste com o atípico segundo ato, com uma narrativa mais lenta, com diálogos excelentes e o investimento de tempo nos arcos pessoais, com uma recompensa no seu final que surpreende positivamente.

 

 

Kurt Russell ajuda e muito nesse aspecto. Ele e, de forma inesperada, Michael Rooker, que abraça o protagonismo de Yondu, que ganha carisma nessa segunda parte. Os dois atores protagonizam cenas simplesmente excelentes, cada um em seu momento.

Guardiões da Galáxia Vol 2 trabalha de forma estratégica o seu clímax bombástico. O diretor libera sem dó uma explosão de cores expansiva, desenhando um delírio visual que é até exagerado diante do lado sentimental, traumas e problemas dos personagens.

Os membros do time dos guardiões funcionam porque estavam perfeitamente definidos, com personalidades complicadas mas que garantem um diálogo que resulta em reações espontâneas. E, por mais que o filme quisesse deixar a trama mais complexa, nada funcionaria melhor do que o humor que conecta todos eles de alguma forma.

 

 

A trama pode não ser tão coesa ou compacta como o filme anterior, mas não há nada de errado nisso. Aqui, riscos poderiam ser tomados, pois o texto do filme não derrapa. Sem falar na trilha sonora, que mais uma vez conecta tudo muito bem: a segunda Awesome Mix é um halo argumental muito forte, transformando o longa em (quase) uma opera rock dos anos 70.

No final das contas, Guardiões da Galáxia Vol 2 é o filme que redefine o conceito de space opera. Se você sair do cinema com vontade de escutar Cheap Trick várias vezes, é sinal que você absorveu o espírito desse filme.

Provavelmente vai querer ver essa história várias vezes também.

 

 


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@oEduardoMoreira