O artista japonês Ikeuchi Hiroto tem 32 anos de idade, e é fruto do seu tempo. Certamente assistiu aos animes, aos filmes de Star Wars e, principalmente, às produções dos robôs Gundam. E decidiu refletir toda essa referência de cultura pop em seu trabalho.
Ele é um graduado na escola de arte Tamabi de Tóquio, e já manifestou por algumas vezes a sua verdadeira obsessão por robôs, pela cultura cyberpunk e pela distopia dos filmes de ficção-científica. E nem podia ser diferente: ele fundiu tudo isso para criar máscaras futuristas que combinam arte, moda e tecnologia.
Vamos conhecer um pouco mais sobre o trabalho de Ikeuchi Hiroto neste post.
Você pode usar essas máscaras na sua próxima festa moderna
Eu já passei da idade para usar esse tipo de coisa, e só o uso dessa frase mostra o quanto eu estou velho e, ainda assim, tento dialogar com as gerações mais novas (e eu mereço um prêmio só por essa tentativa). Mas nem mesmo o fato de envelhecer me impede de achar essa expressão de arte algo bem interessante.
Estamos diante de uma construção de arte vestível, já que essa máscara não tem uma utilidade específica ou pode ser utilizada para proteger a sua saúde de vírus e outras doenças. É apenas arte. Moda moderna. É algo para você usar e impressionar as pessoas.
Ikeuchi utiliza peças de objetos reais e que podem ser encontrados em qualquer casa de fã de tecnologia. Smartphones, fones de ouvido, antenas internas para captação de sinais de TV digital, roteadores, câmeras e outros gadgets que estão virando lixo tecnológico ao redor do mundo.
O artista japonês afirma que só usa dispositivos modernos porque são mais simples e contam com menos peças. Além disso, esses itens são tão parecidos, que usar um ou outro não aportam muito nas suas criações. Ou seja, qualquer gadget pode entrar nas criações no final das contas.
Ele utiliza principalmente elementos de tecnologia que foram lançados nos últimos 20 anos ou menos. Apenas quando necessário ele molda as suas próprias peças com plástico e outros materiais. E isso me leva a crer que qualquer pessoa (qualquer pessoa mesmo) pode virar um artista utilizando o mesmo conceito.
Ele está fazendo sucesso com essas máscaras?
Pelo visto sim, pois Ikeuchi Hiroto não só conseguiu um post neste blog como também está se dando bem no mercado internacional, já que ele produziu máscaras personalizadas para as revistas Wired, CYBR Magazine e Purple Magazine, além de empresas de exoesqueleto como Skeletonics.
O seu trabalho mais importante foi a criação de uma coleção de primavera 2022 para a empresa de moda Balenciaga, sem falar nas exposições de arte em museus japoneses.
Quem sabe no futuro as imagens da pandemia ou de tudo o que ela representou em nossas vidas sejam retratadas pelas criações do Hiroto. Afinal de contas, são máscaras que transmitem um certo simbolismo, já que os dois anos que ficamos presos em casa resultaram em um uso absurdo da tecnologia em nossas casas e ao nosso redor.
Principalmente dos gadgets que vão virar lixo eletrônico nos próximos anos.
Você pode conhecer mais das obras de Ikeuchi Hiroto acessando o seu site oficial.