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Até o designer do Clippy sentiu vergonha dele…

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Clippy, o famoso assistente de Office, é um personagem que desperta amor e ódio em muitas pessoas.

Alguns defendem o assistente, alegando que este foi um percursor de outras plataformas que chegaram décadas depois, como a Alexa, o Google Assistente e até mesmo o ChatGPT. Já outros afirmam que sentem gatilhos emocionais só de lembrar dele, pois ele era irritantemente intrusivo.

Já seu criador, Kevan Atteberry, revelou recentemente que sentiu vergonha quando soube que a Microsoft havia incluído Clippy no Office 97 do Windows. Só por isso já dá para ter uma ideia que os usuários que rejeitavam o elemento não estavam tão enganados.

 

Mesmo sem o amor do seu criador, o Clippy é icônico

Apesar das opiniões divergentes, o Clippy deixou uma marca duradoura na cultura popular.

Oficialmente conhecido como Assistente de Office ou Clipit, o Clippy foi projetado para antecipar as ações dos usuários e fornecer ajuda. Embora sua intenção fosse ser útil, suas animações extravagantes e seu tom condescendente nem sempre foram bem recebidos, e muitas pessoas se irritavam profundamente com suas intervenções.

Mesmo com todas as críticas, o Clippy persistiu até o Office 2007, quando foi finalmente removido por completo. Ou seja, durante quase uma década, fomos obrigados a usar um recurso que nem mesmo o seu criador morria tanto de amores por ele.

Kevan Atteberry, atualmente ilustrador e designer gráfico de livros infantis, admitiu sentir-se “muito envergonhado” quando as críticas começaram a surgir em relação a Clippy. Nos anos 90, ele foi contratado pela Microsoft para criar personagens para o Microsoft Bob, um software que buscava humanizar as interfaces de computador, mas que não obteve muito sucesso.

O processo de design do Clippy envolveu a criação de centenas de propostas, que foram digitalizados após serem escaneados. Em seguida, os designs passaram por um estudo realizado por psicólogos da Universidade de Stanford, a fim de determinar quais personagens eram mais confiáveis e simpáticos.

Então, o Clippy emergiu como a opção predeterminada, apesar de outras alternativas estarem disponíveis.

 

Virou ícone da cultura pop

O Clippy causou um impacto significativo na cultura popular, aparecendo em programas de televisão como “Os Simpsons” e “Family Guy”, o que abriu portas e trouxe reconhecimento para seu criador. Por outro lado, muitas pessoas não apreciaram o fato de Clippy antecipar constantemente suas ações.

E com tudo isso, esse assistente se tornou icônico e reconhecível por qualquer usuário de computadores na época, com o seu impacto duradouro devidamente reconhecido pelo seu criador. E seu legado perdura nos softwares da Microsoft até hoje.

Já a gigante de Redmond continua trabalhando na humanização da informática por meio de iniciativas como o investimento multimilionário na OpenAI e o uso de tecnologia de modelos de linguagem, como o GPT no Bing, seu motor de busca.

Mas nem mesmo a Inteligência Artificial generativa mais avançada do mundo consegue substituir o detestável charme e a inconveniente proatividade do Clippy, que se mantém vivo nos corações revoltados dos usuários mais veteranos do Office.


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@oEduardoMoreira