Steve Jobs não foi apenas o gênio responsável por criar alguns dos dispositivos de tecnologia que hoje mandam no mundo. Ele também foi uma das cabeças pensantes que deu forma a um logo que hoje é reconhecido em qualquer parte do planeta.
A influência de Steve Jobs em nosso mundo é enorme, principalmente para um cara como eu que adora o mundo da tecnologia. Por isso, é sempre interessante compreender as origens de determinadas coisas relacionadas com esse universo tecnológico.
Como é o caso do logo da Apple, essa icônica maçã mordida tão cobiçada e, ao mesmo tempo, temida por deixar qualquer produto que recebe essa figura muito mais caro que ele realmente poderia custar.
Primeiro, nasceu a Apple, e o primeiro logo…
A essa altura do campeonato, todo mundo sabe que a Apple Computer nasceu em uma garagem em 1976, sendo uma das primeiras startups a dar certo no mundo.
O que muita gente não sabe é que existe um terceiro co-fundador da Apple além de Steve Jobs e Steve Wozniak: Ron Wayne, um engenheiro de software que teve 10% da empresa por apena 12 dias, em abril de 1976. Ele vendeu a sua participação da empresa para os dois Steves por US$ 1.500, e deve se arrepender disso até hoje.
Mas antes de sair da Apple, Wayne criou o primeiro logo da empresa: um desenho de Isaac Newton sentado embaixo de uma macieira, em uma clara referência a um poema de William Wordsworth, com os dizeres Apple Computer Co. ao redor.
Convenhamos: por mais bonito e emblemático que seja esse logo, ele jamais seria lembrado pelas pessoas por ser complexo demais.
A Apple jamais seria a Apple de hoje se esse logo tivesse perdurado. Hoje, estaríamos nos questionando que empresa é essa. Quem sabe jamais sairia do status de startup.
Então, veio Steve Jobs, e…
…e assim, Steve Jobs mudou o logo da Apple
Antes do lançamento do Apple II em 1977, Steve Jobs se deu conta que o logo da empresa não ficava legal na carcaça do produto. Então, pediu para que o artista Rob Janoff criasse uma imagem mais representativa para a empresa.
A única coisa que Jobs pediu para Janoff no processo de criação do novo logo da Apple é que a imagem não fosse “bonitinha” (e eu não faço a menor ideia do que ele quis dizer com isso), e destacou que os computadores pessoais ainda eram vistos como “uma ameaça” nas residências, pois era algo relativamente novo para o seu tempo.
Na prática, Jobs queria um logotipo que não fosse nem tecnológico, nem corporativo. Queria algo amigável para as crianças, pois imaginava que, no futuro, seriam eles que levariam os computadores para as escolas.
O resultado disso tudo? O logo da maçã mordida que tão bem conhecemos e identificamos nos dias de hoje.
Uma maçã mordida é um design bem básico e nada ameaçador, além de identificar muito bem o nome da empresa. Duas versões da imagem foram criadas: uma com a maçã inteira, e a outra com uma mordida.
Jobs escolheu a segunda versão, como bem sabemos hoje.
Uma imagem icônica
O logo da maça mordida da Apple é um dos símbolos mais importantes da história da tecnologia moderna.
Poucos poderiam imaginar que uma imagem como essa poderia valorizar de forma significativa um produto de tecnologia. Eu conheço muitas pessoas que hoje contam com um iPhone ou um MacBook justamente pelo status oferecido por essa maçã mordida no verso do produto.
Tudo bem, eu sei que é bem errado um dispositivo de tecnologia ficar muito mais caro por causa de uma simples imagem. Mais errado ainda é pagar uma fortuna de forma desnecessária por causa desse logo.
Por outro lado, não podemos ignorar o quão impressionante é ver um logo valorizar produtos tecnológicos da forma como a maçã mordida da Apple fez. Não vejo outra marca dentro do universo tecnológico fazer o mesmo.
E criando um paralelo com o mundo automotivo, o logo da Apple é sim o cavalinho rampante da Ferrari do mundo da tecnologia. Uma marca que entrega o status pela elevada qualidade e impecável experiência de uso que os produtos entregam para os usuários.
E, mais uma vez, testemunhamos como Steve Jobs tinha uma visão de futuro muito clara, sólida e objetiva. Não dá para negar a sua genialidade quando observamos os detalhes dessas histórias.