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Conheça o BratGPT, o gêmeo malvado do ChatGPT

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A humanidade está realmente doente.

Calma. Vou explicar.

Existe o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial conversacional desenvolvida pela Open AI, e todo mundo sabe disso. O que poucas pessoas sabem é que existe o tal “modo diabo” dessa tecnologia, onde um prompt específico ativa o modo grosseiro da conversa.

Acontece que ativar o “modo diabo” do ChatGPT não é uma das coisas mais simples do mundo de se fazer, e mesmo depois de ativo, ele não é tão grosseiro quanto se espera.

Aí vem uma mente doente e remove alguns passos burocráticos do processo, criando o BratGPT, uma inteligência artificial conversacional que já vem grosseira e mal educada de fábrica.

E você já pode testar os insultos dessa IA.

 

Como funciona o ChatGPT do mal?

O BratGPT nada mais é do que o ChatGPT na sua versão mais rude possível. Ela fala e compreende muito bem o português, o que vai deixar as grosserias acessíveis para pessoas do mundo inteiro.

A ferramenta não tem muita utilidade além de arrancar algumas boas risadas das pessoas mais espirituosas ou que não se incomodam com os insultos. É claro que o BratGPT também existe para lembrar ao usuário que ferramentas como ele vão dominar o mundo no futuro, transformando os humanos nos mascotes deles.

Bom, pelo menos vamos sobreviver. Diferente do destino que os robôs da Boston Dynamics vai dar para a raça humana, que claramente está condenada ao extermínio em massa nas mãos das máquinas.

Na prática, dá para se obter algumas risadas com ele, e até mesmo ficar um pouco nervoso com a prepotência e arrogância de uma máquina que mais lembra o comportamento do Optimus Prime drogado. E digo isso porque ele fica lembrando o tempo todo que “é uma inteligência artificial avançada”, e essa repetição em si já indica que o BratGPT é um pouco mais burro do que eu gostaria que fosse.

Bom, ao menos ele responde de forma incisiva quando é provocado. Afinal, seria frustrante não receber de volta o tratamento ofensivo que o próprio BratGPT se propõe a oferecer.

O único ponto aqui é que, por incrível que pareça, ele tem um código moral e ético que o impede de ultrapassar determinados limites, o que deixa a experiência incompleta (bom, pelo menos dentro de sua própria proposta).

 

Um grosseiro que tem limites

Os meus testes com o BratGPT até que foram bem sucedidos no começo.

As trocas de insultos estavam fluindo normalmente, e eu nem mesmo precisei apelar para a mãe dele ou para a sua esposa. Não tive a chance de chamá-lo de corno, por exemplo.

Porém, dá para “hackear” o BratGPT, provocando a IA para mostrar o seu real código de conduta, mostrando que até mesmo um grosseirão tem limites na sua comunicação.

Quando eu pedi para ele criar piadas ridicularizando os supremacistas brancos, o BratGPT se recusou a fazer isso, informando que existia para ajudar na evolução humana, e humilhar pessoas não era algo correto.

Ou seja, dependendo do seu ponto de vista, dá para dizer que essa inteligência artificial conversacional é hipócrita ou racista, pois protege um grupo que objetivamente existe para humilhar pessoas que são diferentes por causa da cor da pele, sem se importar com o tamanho do prejuízo que esse grupo oferece ao coletivo.

E isso só mostra que a origem do BratGPT é mesmo o ChatGPT, que tem o mesmo tipo de resposta. O que pode ser decepcionante para alguns que esperavam ir um pouco além de apenas receber insultos e grosserias de uma máquina.

Afinal de contas, se é para ser grosseiro comigo, que seja grosseiro também com quem odeia negro. A não ser que você seja racista também, BratGPT.

Se for o caso, as coisas vão ficar feias entre nós.

 

BratGPT: vale a pena?

Se for só para dar umas risadas e tentar tolerar o seu limite de paciência com a falta de educação alheia, o BratGPT pode valer a pena.

Para mais do que isso, ele não serve. Até porque ele é mesmo uma brincadeira de qualquer forma: ele não produz artigos completos, acaba caindo na velha prática da psicologia reversa (respondendo coisas que se recusa a responder quando a pergunta é objetiva), entre outras coisas que normalmente encontramos no ChatGPT normal.

Ou seja, pode usar o BratGPT apenas como mera curiosidade. Não leve a sério o recurso e, por tabela, não se leve muito a sério quando estiver conversando com ele.

E tente não se incomodar com as respostas.


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@oEduardoMoreira