Velozes e Furiosos 10 estreou nos cinemas, e sem dar spoilers sobre o filme, é correto dizer que você vai encontrar absolutamente tudo o que você espera de um filme da franquia controlada com mãos de ferro e braços cheio de músculos por Vin Diesel.
E é melhor que você vá para os cinemas aproveitar essa delícia de filme que exala hormônios masculinos por todos os lados. Para a tristeza de muitos (e felicidade do próprio Vin Diesel), esse filme marca o começo do fim da franquia Fast & Furious, sendo o primeiro de TRÊS FILMES que encerram essa história.
Tá… afinal de contas… qual é mesmo o segredo do sucesso de Velozes e Furiosos?
Encontrou o seu caminho no meio do caminho
O começo dessa história, também conhecido como “o filme original” Velozes e Furiosos, deixou claro para todo mundo que a franquia só ia funcionar com o bromance entre Brian O’Conner (Paul Walker) e Dominic Toretto (Vin Diesel).
A prova do que estou falando é que a bilheteria da franquia só voltou a subir em Velozes e Furiosos 4, quando esse casal se reencontra. Nem mesmo os drifts de carro em estacionamentos de shopping em Tóquio (com cenas simplesmente fodas) foi suficiente para chamar a atenção do público.
Mas a guinada mesmo da franquia Fast aconteceu em Velozes e Furiosos 5, e Vin Diesel tem que agradecer à ele mesmo (que se tornou “dono” da franquia em troco de alguns segundos de cena em Desafio em Tóquio) e ao Rio de Janeiro com cara de Porto Rico.
Naquele filme, ficou estabelecido que a franquia Velozes e Furiosos deixaria de ser sobre carros velozes, roubos insanos e mulheres gostosas para contar histórias de pseudo-espionagem com missões secretas para salvar o mundo e a família acima de tudo, com perseguições de carros como pano de fundo e algumas mulheres gostosas porque, convenhamos, ninguém é de ferro.
Vin Diesel construiu um mundo invisível de agências secretas concorrentes e espiões sem vínculos governamentais. Algo único no mundo dos blockbusters.
Nem mesmo Tom Cruise teve uma ideia tão revolucionária com a franquia Missão: Impossível.
Vin Diesel, um ser humano ímpar
A franquia Velozes e Furiosos não se vale da fórmula Marvel, que é praticamente matemática: quando algo dá errado, vamos jogar fan-service na cara da audiência, e arrecadar bilhões de dólares com isso.
Nada contra a tática. Star Wars e DC fazem isso direto, mas nem sempre a estratégia funciona. E é aqui que Vin Diesel consegue ser melhor do que Kevin Feige.
Velozes e Furiosos aposta na beleza excêntrica, pois testa soluções inusitadas a cada filme, acertando em algumas vezes, mas tentando de novo quando erram. O resultado disso é sempre entregar para os fãs o que eles mais gostam, construindo assim um público fiel que dificilmente se decepcionam com um novo filme da franquia.
Porque os fãs já sabem exatamente o que vão receber desses filmes: o absurdo.
No final, são blockbusters. E são filmes que, de forma surreal e inusitada, quebram as correntes do mercado, e se esquivam da obrigação com o acerto que outras franquias cinematográficas precisam enfrentar a cada lançamento.
Se parar para pensar de forma fria e racional, Velozes e Furiosos ajudou na reinvenção do cinema blockbuster. Do seu jeito, bem diferente do que a Marvel fez. E com uma identidade própria que poucas franquias conseguiram construir ao longo dos anos.
E Vin Diesel é a melhor pessoa desse mundo, mesmo brigando com o The Rock. Só ele conseguiu usar bem Dwayne Johnson, Jason Statham, Jason Momoa, Gal Gadot, Ludacris, Helen Mirren, Brie Larson e tantos outros astros de Hollywood com histórias envolvendo carros saltando de prédio a prédio e viagens ao espaço com um carro vindo do lixo.
Gênio. Vin Diesel, você é GÊNIO!