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Crise do Galaxy Fold é o Galaxy Note 7 2.0 para a Samsung?

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Na época do Samsung Galaxy Note 7, eu fui um dos produtores de conteúdo de tecnologia que mais acompanhou de perto o caso, pois era um dos dispositivos mais esperados do ano que estava explodindo do nada. Depois, descobrimos que não foi do nada, mas sim por uma falha de design que afetava as baterias do dispositivo.

Aquele episódio entregou uma dura lição para a Samsung, que por algum tempo viveu quase um trauma com o tema, e só agora na geração Galaxy S10 se sentiu segura para colocar baterias com capacidade mais generosa dos dispositivos. Nesse aspecto, acredito que a gigante sul-coreana também deve ter aprendido a lição sobre como lidar com situações de crise.

Bom, agora é o momento de descobrir se a Samsung realmente aprendeu tal gerenciamento de crise. Porque não podemos negar que o que a empresa vive nesse momento com o Samsung Galaxy Fold já é uma crise. Parcialmente esperada, mas é uma crise.

 

 

Problemas acontecem, mas nesse caso é algo alarmante

 

 

Problemas acontecem em produtos consolidados e com anos de mercado. Imagine em um dispositivo que é um conceito completamente novo, e que todo o mercado está aprendendo a trabalhar com ele. Nem os fabricantes compreendem direito os smartphones dobráveis, e era mais que esperado que problemas e anormalidades aparecessem.

Por outro lado, estamos falando de problemas físicos, e no principal elemento do produto: a sua tela dobrável. Em teoria, uma gigante como a Samsung só colocaria um produto no mercado depois de exaustivos testes, para garantir que tais problemas não apareceriam nos pontos mais críticos de sua construção.

Como eu disse, em teoria.

Nenhum teste de fábrica se compara com o teste do mundo real, com a vida prática. Até mesmo as variações climáticas podem influenciar no desempenho final de um smartphone, e todos nós precisamos levar esses fatores em conta para compreender comportamentos diferentes de um mesmo dispositivo em diferentes regiões.

 

 

Uma crise que pode doer muito no bolso da Samsung

 

 

O que mais complica a vida da Samsung nesse momento é que o Galaxy Fold é um produto caro. Muito caro. Caro o suficiente para que as pessoas fiquem com dois pés atrás na hora de comprar esse produto, por desconfiarem que o mesmo não é tão resistente quanto deveria ser. E não podemos culpar o consumidor nesse caso: um dispositivo como esse é um investimento, e não apenas um artigo de exposição para amigos e familiares.

O cancelamento dos eventos de lançamento do Samsung Galaxy Fold é o pontapé inicial de uma crise que, ao meu ver, não pode durar muito e ainda é contornável por parte da Samsung. O correto nesse momento é verificar por que os modelos enviados para testes deram problemas, buscando a raiz real do problema. Não pode ficar apenas na explicação de uma remoção de película plástica. É preciso descobrir o que houve para melhorar o produto para o consumidor final.

Não creio que essa crise do Galaxy Fold tem as mesmas proporções que aquela do Galaxy Note 7. Até porque o telefone dobrável não está explodindo. Mas pode ser um problema sério o suficiente para estigmatizar um produto que tem tudo para liderar uma possível nova revolução no mercado de telefonia móvel.

Vamos acompanhar o caso com atenção. De novo.


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@oEduardoMoreira