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Demissões por correção e ultimato sobre condições absurdas no de trabalho: as últimas de Elon Musk, o tirano do Twitter

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Elon Musk está atuando como um autêntico imbecil tirano no Twitter, e eu nem preciso me esforçar muito para provar que essa afirmação é verdadeira.

É claro que o seu plano de reestruturação da rede social pode dar certo. Mas os primeiros passos dados foram desastrosos, e a imagem da escrotidão do executivo está mais do que consolidada. Mesmo porque o sucesso neste caso não dá respaldo ou justificativa para tal comportamento.

Neste artigo, atualizo os últimos movimentos de Musk que revelam a sua personalidade com códigos éticos e profissionais totalmente distorcidos, o que pode comprometer a saúde do Twitter a médio e longo prazos, além de reforçar a ideia de que a rede social que todo mundo conhecia morreu de vez.

 

Demissões por corrigir o chefe

Apenas pessoas com personalidades fracas e frágeis não admitem ser corrigidas pelos seus funcionários, principalmente quando o chefe abre a boca para falar uma besteira em público. Mas como Elon Musk insiste em mostrar que é qualquer coisa, menos um líder sensato…

Musk teve a coragem de demitir Eric Frohnhoefer, um funcionário que tinha pelo menos seis anos de serviços prestados no Twitter, mais especificamente no desenvolvimento da versão Android do aplicativo da rede social) poucos minutos depois que ele o corrigiu em público sobre uma afirmação para justificar a lentidão do funcionamento da plataforma.

Minutos depois da correção de Eric, Musk publicou que o funcionário estava demitido, algo que foi confirmado com a imagem da tela de acesso às contas administrativas da rede social bloqueadas.

Esse é mais um caso absurdo de excesso de autoridade de Musk em relação aos funcionários do Twitter, onde uma metade foi demitida em massa e sem aviso prévio (parte deles teve que ser recontratada para cumprir com as demandas do chefe), e a outra parte agora vive em sistema de semiescravidão, com janelas de trabalho absurdas e condições deploráveis.

Já Eric partiu para a ofensiva depois da demissão injusta. Deu uma entrevista para a Forbes onde declarou que “o time de Elon Musk é composto por um bando de covardes”, alertando que quase toda a infraestrutura da rede social foi demitida para que o chefe pudesse fazer algum comentário sarcástico sobre as capacidades técnicas desses profissionais.

Em alguns casos, a política de demissões de Musk materializavam esse sarcasmo, onde a mesma engenheira de software responsável por recontratar parte dos demitidos seria demitida logo depois do processo concluído. E isso, porque essa profissional fez comentários pouco elogiosos ao futuro dono da rede social no meio do ano.

O problema é que outros profissionais estão corrigindo Musk no Twitter e podem ser demitidos por motivo torpe, algo que pode violar frontalmente o direito de liberdade de expressão. E o dono da rede social terá que lidar com isso e, obviamente, com os processos que virão em decorrência disso.

 

Ou você trabalha muitas horas, ou você será demitido

Esse é outro mantra de Elon Musk que se converte em uma ameaça aos funcionários do Twitter.

Musk estabeleceu como um ultimato as jornadas laborais “extremamente duras”, de muitas horas e de alta intensidade no Twitter. Ou o profissional se ajusta a essa rotina laboral, ou vai receber pelo menos três meses de compensação financeira pela demissão.

Detalhe: os funcionários têm apenas 24 horas para decidir o que vão fazer.

https://twitter.com/GergelyOrosz/status/1592801188277538818

Musk só está se esquecendo de um único detalhe: as leis do estado da Califórnia não valem para o resto do mundo, e em diferentes países onde o Twitter possui escritórios e funcionários (incluindo o Brasil) estabelecem de forma clara as regras de aviso prévio para demissões ou políticas justas para a renegociação de contratos profissionais.

Essa versão do Twitter 2.0 exige que os funcionários passem dias e dias nos escritórios da rede social, onde dormir por lá é a única opção para entregar o volume de produtividade exigido por Musk. E isso acontece porque Musk definiu que, da mesma forma que acontece hoje na Starlink, na SpaceX e na Tesla, os profissionais que estão sob o seu comando precisam trabalhar nos escritórios em modo “hardcore”.

Tudo o que Elon Musk está conseguindo com suas decisões é espantar os anunciantes, que pausaram a veiculação de publicidade na rede social até que o cenário fique mais claro. Porém, diante de tudo o que já aconteceu, é fácil imaginar que o Twitter vai deixar de ser uma das primeiras escolhas desses anunciantes e dos usuários.

Se o Twitter estava morrendo, a impressão que fica é que Elon Musk está desligando os aparelhos ou estrangulando a rede social. Não dá para saber qual será o futuro da plataforma, mas o seu presente é tão tumultuado, que prever o seu desaparecimento não é algo tão difícil.

De novo: o diagnóstico de Síndrome de Asperger não pode servir como desculpa ou justificativa para as sandices que Elon Musk está praticando com o Twitter.


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@oEduardoMoreira