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Do POCO F1 ao POCO F5: 5 anos da POCO

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Eu vi essa história começar, pois fui o feliz proprietário de um Pocophone F1, lá em 2018. Para um entusiasta da tecnologia, o dispositivo era algo mítico, pois poucas vezes na história um smartphone alcançou tão impecável relação custo-benefício.

Dois anos depois, investi o meu dinheiro no Poco F2 Pro, que já apresentava uma mudança de filosofia da POCO, marca que foi se reinventando, mas mantendo a sua essência em oferecer telefones bons e baratos, algo que (quase) todo mundo gosta.

Agora, temos o POCO F5 e o POCO F5 Pro, dois candidatos a serem campeões de vendas. E depois de cinco anos de atividades, chegou a hora de revisar a jornada da POCO até aqui.

 

Potência como sinal de identidade

A POCO, como marca dentro da Xiaomi, estreou oficialmente em 2018, com o Pocophone F1 (que, para simplificar a minha vida, vou chamar de POCO F1).

O modelo se destacava por contar na época com o processador Snapdragon 845, um chip que era um top de linha no seu tempo, e até hoje pode funcionar muito bem nas mãos dos usuários menos exigentes.

Dois anos depois, chegou o POCO F2 Pro, que carregava em suas estranhas o Snapdragon 865, que era o melhor processador de sua geração. Aqui, a ideia ainda era manter o melhor chip disponível para garantir a máxima performance, mas cobrando preços apelativamente mais baixos que a sua concorrência em marcas mais consagradas.

Todo mundo era feliz naquele tempo, mas não sabia disso.

Tudo mudou (um pouco) quando o POCO F3 chegou com o Snapdragon 870, que não era o processador mais poderoso da sua geração, mas atendia bem aos anseios da maioria dos usuários. Sem falar que o preço que a Qualcomm cobrou pelo Snapdragon 888 na época fez com que a POCO e muitos outros fabricantes de smartphones simplesmente desistissem dele.

Essa mudança forçada de filosofia fez com que a POCO encontrasse o caminho ideal para a sua linha de smartphones F, onde o processador intermediário premium se tornou o “novo normal” para os produtos da marca.

Tanto, que o POCO F4 repete o mesmo processador, o que abriu também a possibilidade de lançamento de um modelo premium dentro dessa série, o POCO F4 GT que, agora sim, voltava a receber um processador top de linha, o potente Snapdragon 8 Gen 1.

O único grande problema do POCO F4 GT era o fato que aqueles que desejavam receber essa maior potência eram obrigados a pagar praticamente o dobro do valor cobrado pelo POCO F4, o que fez com que muitos usuários desistissem desse modelo rapidamente.

E chegamos em 2023. Encontramos uma POCO mais do que consolidada, e com uma visão de mercado muito clara quando entrega o POCO F5, um telefone de linha média muito competente com o processador Snapdragon 7+ Gen 2, e o POCO F5 Pro, smartphone de linha média premium com o processador mais potente da geração anterior, o Snapdragon 8+ Gen 1.

Ou seja, a POCO encontrou a sua receita de bolo sem perder o seu sinal de identidade mais forte, que é a entrega da maior potência sem apelar para os processadores mais potentes.

Tudo bem, não são os telefones mais baratos do mundo. Mas são menos caros quando comparados com os seus concorrentes diretos de marcas mais consagradas.

 

Fotografia de qualidade e sem alardes

Para ser bem sincero, os telefones da POCO nunca se destacaram por entregar câmeras que entregam fotos de altíssima qualidade. Mas ao menos os dispositivos entregam imagens decentes cobrando o preço justo para a qualidade oferecida.

Aqui, o avanço nos sensores fotográficos também foi progressivo, onde o POCO F2 Pro foi o primeiro a receber câmeras adicionais (lente grande angular e telefoto modestas), algo que se manteve no POCO F3, mesmo com a redução dos megapixels, o que fez com que a POCO entrasse em apuros por causa da perda de qualidade final das fotos.

O POCO F4 e o POCO F4 GT perderam a lente teleobjetiva, que se tornou exclusiva para os telefones top de linha, o que se manteve no POCO F5 e POCO F5 Pro. E nem por isso podemos dizer que esses smartphones são opções ruins para a fotografia mais casual.

Quem sabe no futuro, com o barateamento dos sensores, podemos ver a lente teleobjetiva de volta nessa série de smartphones da POCO.

 

Um início agressivo, e um aumento de preços progressivo

Vamos falar do que realmente importa para o consumidor final.

O POCO F1 custou em torno de R$ 2.000 para mim em 2018, e de lá para cá, os valores dos telefones da marca subiram exponencialmente.

Lá fora, o preço do POCO F5 é mais que o dobro que aquele cobrado pelo POCO F1 na época do seu lançamento. E os valores dessa família de produtos não parou de aumentar, incluindo um salto exponencial no POCO F4 GT, que era um dispositivo gaming de toda a regra.

Mas nada disso impediu que a linha POCO F não se transformasse em um campeão de vendas com o passar dos anos. Essa família de smartphones é perfeita para a grande maioria dos entusiastas de tecnologia, mesmo se rendendo aos efeitos do tempo e aumento de preços.

Dá sim para recomendar cada lançamento da série POCO F para praticamente qualquer pessoa que precisa de um smartphone que seja capaz de tudo sem desembolsar os valores estratosféricos que Samsung e Apple cobram pelos seus principais telefones.

Dito tudo isso… longa vida para a família POCO F!


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@oEduardoMoreira