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Jogos de videogame com 100 GB de dados virou o “novo normal”

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Os gamers sofrem.

Não basta pagar caro em um console de videogame de última geração. É preciso também sofrer com unidades de armazenamento com capacidades muito restritas. Sério, chega a ser uma piada de mau gosto o Xbox Series S contar com apenas 512 GB de espaço livre para dados, e até mesmo o Xbox Series X ou o PlayStation 5 recebendo 1 TB é um problema.

E esse problema tem nome e sobrenome: assets duplicados. Eles existem para reduzir o impacto dos discos rígidos nos tempos de acesso e carregamento dos dados nos jogos.

Mas… se já estamos na era dos SSDs nos videogames… por que os assets ainda existem? Apenas para entregar jogos com 100 GB de dados ou mais?

 

Muitos gamers ainda usam o HD (eu, inclusive)

Todo mundo sabe que um HD é mais lento para ler e armazenar dados em qualquer dispositivo informático, e ninguém sente falta dos longos tempos de carregamento dos jogos no Xbox One ou no PlayStation 4.

Os assets basicamente duplicam as informações em diferentes áreas do disco rígido e, dessa forma, aceleravam o processo de busca e leitura dos dados. A consequência disso é o consumo de dados com arquivos que hoje são desnecessários, uma vez que os novos consoles usam SSDs como armazenamento nativo.

O problema é que SSDs e HDs coexistem no mundo dos videogames neste momento. Ainda existem muitas unidades da geração anterior em funcionamento, e até mesmo os usuários dos consoles da nova geração ainda usam HDs como alternativas para salvar os jogos.

Eu tenho dois HDs de 6 TB da Seagate trabalhando com o meu Xbox Series S, pois não posso passar a minha vida vendendo rins para comprar cartões de expansão de 1 TB.

 

Os efeitos colaterais dos assets no momento presente

O resultado disso é que o novo normal do mundo dos videogames é ver jogos que ocupam entre 90 e 130 GB de espaço de armazenamento. Em alguns casos, os títulos ultrapassam a marca de 200 GB de dados, como é o caso de como Call of Duty Modern Warfare. E isso é um absurdo.

Os últimos lançamentos de jogos AAA tendem a ultrapassar os 100 GB de dados. Exemplos para provar essa teoria não faltam:

  • Star Wars Jedi: Survivor (155 GB)
  • Forspoken (150 GB)
  • Redfall (100 GB)
  • The Last of Us Part I (100 GB)
  • Diablo IV (90 GB)
  • Baldur’s Gate 3 (150 GB estimados)

Ou seja, para a esmagadora maioria dos gamers, não resta outra alternativa a não ser comprar unidades de armazenamento adicionais. A boa notícia aqui (se é que dá para ver algo de bom diante desse cenário de caos) é que as unidades de SSD tradicionais estão ficando cada vez menos caras, e podem funcionar bem com os consoles de última geração.

Além disso, temos os jogos na nuvem, que dispensam a instalação dos títulos nos PCs e videogames.

Ou você pode apelar para excluir jogos já instalados para receber os novos jogos. O problema dessa prática é o consumo dos ciclos de leitura e gravação, o que diminui drasticamente a vida útil do SSD.

Para concluir, os jogos estão ficando cada vez mais complexos nos aspectos técnicos, e isso resulta em uma maior exigência no espaço de armazenamento. E todos os gamers precisam se preparar para os impactos desse aumento no volume de dados dos títulos que estão desembarcando no mercado.

E eu tenho sérias dúvidas se teremos a adequada robustez financeira para administrar a instalação de jogos tão volumosos em nossos consoles de videogames.

Gamer sofre. E gamer brasileiro sofre muito mais.


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@oEduardoMoreira