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Por que as startups são mais inovadoras que as grandes empresas?

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Tamanho não é documento. E as mulheres estão cobertas de razão neste aspecto.

E essa regra se repete quando olhamos para o aspecto da inovação das empresas. Quanto maiores são as corporações, menos elas estão propensas a inovar no desenvolvimento tecnológico. E as startups estão se aproveitando disso.

Uma recente pesquisa do National Bureau of Economic Research destacou a diferença fundamental na abordagem à inovação entre as startups e as grandes empresas estabelecidas. Enquanto as startups estão dispostas a assumir riscos significativos, uma vez que têm pouco a perder, as grandes empresas muitas vezes são mais cautelosas, devido à possibilidade de inovações disruptivas substituírem seus modelos de negócio tradicionais e afetarem suas receitas.

Vamos entender melhor o que está acontecendo.

 

Correr riscos ainda é sinônimo de grandes feitos

As startups, por natureza, estão constantemente buscando inovações que possam melhorar sua eficiência ou penetração no mercado. Elas estão em uma fase inicial de desenvolvimento e ainda não têm um modelo de negócio lucrativo estabelecido, o que as torna mais propensas a assumir riscos e explorar novas ideias. Além disso, a cultura de inovação em startups geralmente é mais ágil e menos burocrática, o que permite uma maior liberdade e flexibilidade na experimentação de novas abordagens.

Por outro lado, as grandes empresas muitas vezes têm processos mais complexos e estruturas hierárquicas, o que pode dificultar a tomada de decisões rápidas e a implementação de mudanças disruptivas. Sem falar que são empresas com um histórico estabelecido de sucesso em seus modelos de negócio atuais, o que pode levar à resistência à mudança e à aversão ao risco.

A pesquisa também destacou o papel das universidades de pesquisa na concessão de patentes. Nos últimos anos, aconteceu uma mudança neste aspecto, onde as grandes empresas preteridas em benefício das startups. Isso também indica que as empresas menores estão se tornando cada vez mais proativas na busca de inovação e na proteção de suas ideias.

 

Startups são tão inovadoras, que ajudaram a salvar vidas recentemente

Dois exemplos notável da inovação nas empresas menores estão nos casos da Moderna e da BioNTech, duas startups que foram pioneiras no uso da tecnologia de mRNA para fins comerciais, e que lideraram o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19.

Enquanto as grandes empresas farmacêuticas foram mais relutantes em experimentar essa tecnologia arriscada, as startups se destacaram na inovação e conseguiram alcançar um avanço significativo na criação de vacinas em um curto espaço de tempo.

Essa abordagem inovadora das pequenas empresas também pode ser observada em outros setores como o financeiro, onde várias grandes empresas lançaram suas próprias aceleradoras de startups para aproveitar as oportunidades de inovação emergentes. Essas iniciativas permitem que as grandes empresas obtenham benefícios com a incorporação de inovações externas em suas operações principais.

É importante destacar que, à medida que as empresas crescem em tamanho e complexidade, há o risco de perder a cultura de inovação que é tão inerente às startups. Por isso, é fundamental que as empresas estabelecidas sejam proativas em manter essa cultura de inovação interna, independentemente do seu tamanho.

 

Por que isso acontece?

A principal diferença é a disposição das startups em correr mais riscos, pois têm menos a perder em termos de reputação, mercado e receita. Enquanto as grandes empresas geralmente adotam uma abordagem mais cautelosa para proteger seus negócios existentes, as startups estão dispostas a experimentar e buscar inovações disruptivas que possam levar ao crescimento acelerado.

Uma das razões pelas quais as startups estão mais dispostas a assumir riscos é porque muitas delas ainda estão em fase de desenvolvimento de seu modelo de negócio, sem contar com uma base estabelecida de clientes ou receitas. Portanto, qualquer inovação que possa melhorar sua eficiência ou penetração no mercado é vista como uma oportunidade de crescimento. Além disso, a falta de uma estrutura burocrática e uma cultura de inovação enraizada tornam mais fácil para as startups experimentarem e implementarem novas ideias.

Outro fator que contribui para a capacidade de inovação das startups é a atração de talentos humanos altamente qualificados. Muitos profissionais buscam oportunidades em pequenas empresas, pois veem nelas a chance de trabalhar em projetos inovadores e fazer parte de uma cultura empreendedora. A agilidade e flexibilidade das startups em termos de estrutura organizacional e processos de tomada de decisão também atraem talentos que buscam ambientes de trabalho dinâmicos e desafiadores.

Para enfrentar esse desafio, muitas grandes empresas estão lançando suas próprias aceleradoras de startups, como a Wayra da Telefónica, a Yuzz do Banesto e a Lanzadera de Juan Roig. Essas iniciativas buscam capitalizar o potencial de inovação das startups, seja através de parcerias comerciais, aquisições ou incorporação de inovações emergentes na empresa principal.

Essa abordagem permite que as grandes empresas acessem novas ideias e tecnologias sem as restrições e aversão ao risco que muitas vezes prevalecem em suas estruturas internas.


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@oEduardoMoreira