Press "Enter" to skip to content
Início » Internet » Ele está processando 27 mulheres porque foi criticado pelo seu comportamento tóxico no Facebook

Ele está processando 27 mulheres porque foi criticado pelo seu comportamento tóxico no Facebook

Compartilhe

Nikko D’Ambrosio, de 31 anos e morador de Chicago, ficou indignado com críticas negativas após participar de um grupo de encontros no Facebook chamado “Nós ficamos com o mesmo cara?”.

O principal objetivo do grupo é alertar mulheres sobre experiências ruins em encontros, com mais de 80.000 usuárias compartilhando informações para proteção mútua.

E Nikko aparentemente se sentiu incomodado porque o grupo cumpriu com o seu principal objetivo: afastar as mulheres de homens como ele. E processou as mulheres por suas opiniões sobre o seu comportamento.

 

Por que Nikko está processando 27 mulheres?

O problema aqui é que 27 mulheres que saíram com Nikko descreveram suas experiências como “fantasma”, “pegajoso demais, rápido demais” e alegações de comportamento de um assediador, incluindo ligações persistentes de diferentes números após o bloqueio telefônico.

D’Ambrosio também foi criticado por ostentar riqueza e usar frases como “não queira ver o meu lado ruim, especialmente nas chamadas telefônicas de negócios”.

Então, Nikko se cansou das críticas, e foi para o contra-ataque: ele processou as 27 mulheres, o Facebook, o AWDTSG (que hospeda o fórum), o Patreon e o GoFundMe (as plataformas que financiam a comunidade), buscando o fechamento do fórum e uma compensação de 75.000 dólares por danos.

A ação alega que tais grupos permitem que mulheres discutam e menosprezem homens anonimamente, sem verificação independente dos fatos, citando difamação, ameaças, assédio e menosprezo sem supervisão.

D’Ambrosio até admite ter saído com as 27 mulheres, mas argumenta que os grupos permitem declarações difamatórias sem supervisão, minando sua reputação.

 

Será que o problema está nas 27 mulheres?

É evidente que Nikko pode até reclamar do anonimato das redes sociais como ferramenta para difamar a sua imagem. Porém, ele se esquece de alguns pequenos detalhes que ele não menciona no processo.

Para começo de conversa, se todos os comentários foram anônimos, como ele identificou as 27 mulheres para serem processadas? Ele está movendo um processo baseado no aleatório? Ou violou de alguma forma a privacidade delas para entrar com a ação?

É importante lembrar que o recurso do anonimato neste caso é para justamente proteger essas mulheres de pessoas como Nikko que, aparentemente, possui um comportamento agressivo e perigoso.

E sem uma rede de prevenção, outras mulheres podem ser vítimas do assédio que ele pratica.

Além disso, o processo mais parece ser uma forma de cercear o direito de livre expressão e opinião do coletivo sobre ele do que qualquer outra coisa. Ou uma forma de Nikko normalizar o seu comportamento tóxico, o que é algo reprovável de qualquer forma.

É claro que as redes sociais não vivem o seu melhor momento, e muito se questiona sobre o direito que algumas pessoas entendem ter em destruir a reputação alheia.

Mas neste caso, a elevada quantidade de críticas negativas e até denúncias sobre o comportamento de Nikko reforça a importância de se compartilhar com o coletivo o que ele é capaz de fazer, para que outras mulheres não caiam no seu papinho tóxico.

Talvez Nikko não tenha se dado conta de que o mundo realmente mudou e que as mulheres não vão mais tolerar isso caladas. Mas… essa é apenas a minha opinião. Não sei exatamente o que se passa na cabeça dele.

 

O que vai acontecer agora?

Ainda não se sabe se o tribunal aceitará o processo. Nikko busca 75.000 dólares em compensação pelas críticas negativas que ele recebeu no grupo do Facebook (como se ele não pudesse ser criticado na vida).

Será, no mínimo, interessante acompanhar o desfecho dessa história.


Compartilhe
@oEduardoMoreira