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Fórmula 1 (2023) | GP de Miami | Nem o milagre do Leclerc salvou

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É, Leclerc… logo eu, que iria começar este artigo agradecendo a você pela graça alcançada no sábado, pois sua bobagem no treino classificatório materializada naquela batida poderia produzir algum tipo de emoção na corrida de domingo…

Olha, tudo o que lhe resta mesmo é ser achincalhado pelos torcedores da Ferrari… afinal de contas, você conseguiu a façanha de bater ou quebrar em todas as cinco corridas da temporada 2023 da Fórmula 1, e muitos começam a se perguntar se você merece mesmo pilotar um dos carros da equipe.

Ouço um “vem, Hamilton” ao fundo, mesmo sabendo que isso está muito mais para piada do que para rumor?

Enfim, o GP de Miami de Fórmula 1 em 2023 foi a mesma chatice da última corrida, com exceção que foi mais difícil sobreviver ao sono após o almoço porque a prova aconteceu do meio da tarde para frente. Sério, nem mesmo a NASCAR em Dover consegue ser mais sonolenta do que a corrida na frente do Hard Rock Stadium, cuja única lembrança boa que me trouxe foi da temporada da NFL que começa em setembro.

Max Verstappen é um autêntico inimigo do entretenimento. Largando da nona posição por causa da batida do Charlinho no sábado, ele ultrapassou todos à sua frente como se fossem um total e absoluto nada, para ultrapassar um iludido Sérgio Perez, que até esboçou disputar posição como o holandês, mas rapidamente percebeu que isso era inútil.

Resultado: a ordem das forças na Fórmula 1 foi restabelecida, com Verstappen voltando a abrir uma certa gordura do mexicano na pontuação de pilotos. E pouco tenho a escrever sobre a corrida solitária das duas naves alienígenas com rodas que (em teoria) cumprem com o regulamento da categoria.

Da turma do resto, Fernando Alonso venceu. Porém, fez isso em uma corrida solitária, já que nenhum adversário foi real ameaça para ele, e nem mesmo a Taylor Swift estava cantando em seu ouvido para relaxar durante o passeio de carro do espanhol em Miami.

Ao tentar assistir a corrida com a máxima de atenção possível para produzir este conteúdo (ou pelo menos ter o mínimo para obter uma pauta decente), constatei que, de uma vez por todas, a Mercedes precisa jogar fora aquele autêntico lixo em forma de carro de Fórmula 3 com problemas que Russell e Hamilton insistem em pilotar.

O conceito do “sidepod zero” definitivamente não funciona, e Toto Wolff deveria demitir algumas pessoas que contaram mentiras para ele esse tempo todo. Russell até que saiu no lucro com a quarta posição, muito em parte por mérito e competência dele mesmo. E Hamiltonm que terminou a corrida em sexto, sofreu para passar carros da Haas e da Alpine, e jamais teria condições de enfrentar Carlos Sainz, que fez o suficiente para chegar em quinto com a Ferrari.

Charles Leclerc é sim o grande perdedor do GP de Miami de 2023. Terminar em sétimo com um carro que, em teoria, deveria ser melhor que a porcaria da Mercedes é algo humilhante. E eu realmente entendo os já muito exigentes torcedores da Ferrari que começam a questionar a posição do monegasco na equipe. Acho que a torcida vai dar como limite a corrida de Mônaco: se ele fizer bobagens em casa, vai ter muro pichado em Maranello e faixas com os dizeres “acabou a paz”.

A Alpine deu uma bela melhorada ao colocar os seus dois carros no Top 10. E parece que a receita aqui é bem simples: é só Gasly e Ocon se entenderem e não se encontrarem em pista, e tudo aparentemente pode dar certo. E até a Haas e Guenter Steiner voltaram a ficar felizes que nem pinto no lixo com a décima posição de Magnussen. Não rolou burrito para os torcedores que compareceram na prova, mas ao menos temos um carro da equipe norte-americana pontuando, para a alegria dos locais.

Do mais, temos uma mistura das equipes de fundo de pelotão ocupando das posições 11 a 20, com participação especial de Lance Stroll, que deveria alcançar resultados melhores com essa Aston Martin. Destaque negativo para a McLaren, que teve um desempenho bem mais decente no Azerbaijão, mas reencontrou com a realidade nos Estados Unidos.

Eu juro que a corrida foi tão modorrenta, que eu não me sinto animado para comentar disputas de posições do meio para trás do pelotão. Não tem nada de muito relevante que tenha acontecido com esses pilotos. Nem mesmo uma batida mais séria.

A corrida foi tão irritante, que não teve nem safety car, e todo mundo terminou a prova. Foi um passeio ensolarado na Flórida, ou um baile onde você é obrigado a levar a irmã para dançar com ela.

No final das contas, Max Verstappen alcança a sua vitória número 38 em 168 largadas na Fórmula 1. E para os mais desavisados, vale a pena lembrar que, com 161 corridas, Ayrton Senna tinha 3 títulos mundiais e 41 vitórias. E nem vou falar das poles.

Não que isso queira dizer grande coisa, já que números são frios. Mas estatísticas são sim muito relevantes para determinar os melhores de todos os tempos. E se Max já correu tanto e não chegou sequer nos números de Senna, significa que…

Enfim…

Ah, e nem venha me dizer que o holandês só correu com carroça na maior parte do tempo, pois vocês sabem muito bem que isso não é verdade.

E antes que eu seja processado pelos fãs de Max Verstappen, vou encerrar lembrando que a próxima etapa do Mundial de Fórmula 1 em 2023 vai acontecer no dia 21 de maio de 2023, no GP da Emília-Romana, que acontece em Ímola (Itália). E na semana seguinte, 28 de maio, temos o dia mais importante do ano para o automobilismo, com o GP de Mônaco de Fórmula 1, as 500 milhas de Indianápolis na Fórmula Indy, e a Coca-Cola 600 da NASCAR.

Quem viver, verá.


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@oEduardoMoreira