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Milionários tech agora querem ser “digital influencers”

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Se você tem dinheiro, você pode (quase) tudo. Eu sei que os fracassados afirmam que “o dinheiro não traz felicidade”, mas o complemento da piada com o clássico “mas manda buscar de avião” é uma realidade inescapável.

Aliás, essa ideia de mandar buscar a felicidade de avião pode ser uma das excentricidades que bilionários podem realizar apenas e tão somente porque tem dinheiro. O outro lado bizarro dessa ideia é que foi o cantor sertanejo Leonardo quem criou este conceito em uma música.

Dá para entender um pouco da mentalidade dessas pessoas estranhas quando olhamos para os atos bizarros e inusitados que elas realizam de tempos em tempos. Mas nada como observar para a maior presença online de alguns deles para confirmar que algo bem estranho está acontecendo neste exato momento, e não conseguimos perceber o que é.

 

A fonte da juventude está na internet

Esse artigo é inspirado no episódio recente envolvendo o dono da Tesla e do X (e de mais um monte de coisas), Elon Musk, que teve problemas com o seu Windows 11 e decidiu tirar satisfações diretamente com ninguém menos que Satya Nadella, CEO da Microsoft. Prometo que em outro momento eu conto melhor essa história.

Mas vamos começar falando de alguém tão excêntrico quanto Musk. Aliás, alguém que Elon comeria na porrada se pudesse: Mark Zuckerberg, CEO do Meta.

O menino Zuck mantinha um perfil discreto nas redes sociais, já que um líder empresarial e um pai de família como ele não podia ficar se metendo em tretas online. Mas isso mudou no começo de 2024, depois que ele fez a sua declaração no Congresso dos EUA sobre as plataformas digitais.

Coincidência ou não, a partir daquele momento, a estratégia de imagem de Zuckerberg evoluiu, se tornando uma personalidade online mais acessível, principalmente com o público jovem, que é o mais ativo nas redes sociais.

A prova disso é que ele fez algo simplesmente inesperado para um CEO como ele: Zuck vestiu o personagem de analista tecnológico, e fez um review opinativo sobre o Apple Vision Pro, o novo óculos de realidade mista que está dominando o mercado.

Tudo bem, Zuckerberg seguiu uma tendência que antes foi adotada pelo CEO da Nothing, Carl Pei. Mesmo assim: não deixou de ser um movimento surreal para alguém com um perfil tão seletivo na internet.

Zuckerberg também atuou como especialista em tecnologia no Japão, onde não aproveitou a oportunidade para experimentar a culinária local (tal e como faria qualquer turista normal e inteligente) para utilizar os Ray-Ban Meta Smart Glasses em um McDonald’s japonês.

Super recomendado quando você está no país com o sushi mais saboroso do mundo…

Sem falar no vídeo em que o menino Zuck aparece forjando metal sem camisa, todo sensualizando e posando de macho alfa. Sério, nem combina com a pose nerd que ele sempre teve.

 

Não pense que me esqueci do Bill Gates

Bill Gates, cocriador da Microsoft, está basicamente no mesmo caminho, e tenta rejuvenescer a sua imagem nas redes sociais.

Gates escolheu o TikTok para se distanciar da percepção coletiva que o encara como um porco capitalista monopolista. Sua abordagem mais descontraída na plataforma mais popular entre os adolescentes é vista como desconfiança e ceticismo, e nem dá para culpar os criadores de teorias de conspiração neste caso.

A mudança é tão abrupta, que dá mesmo para desconfiar das reais intenções de Gates ao apostar na plataforma de dancinhas.

É só parar para pensar no seu comportamento nessa rede social.

Em suas aparições, Gates se envolve em desafios do TikTok, inclusive participando de um ‘One Chai Please’ durante sua viagem à Índia, servido por Dolly Chaiwala, um vendedor de chá de renome duvidoso, mas popular nas redes sociais.

Aqui, dá até para pensar que Zuckerberg e Gates estão tentando entrar para a política no futuro ao se aproximar de futuros eleitores no presente. Mas prefiro acreditar que ambos só estão com uma louca vontade de aparecer mais.

E nada mais.


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@oEduardoMoreira