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F1 2024 | GP do Bahrein | Mais do Mesmo

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Mais do mesmo. Tudo como Dantes na Terra de Cervantes. A mesma coisa. Escolha o termo que você quiser.

O campeonato da Fórmula 1 começou em 2024 exatamente da mesma forma que terminou 2023: com Max Verstappen pilotando a atualização da nave alienígena que Adrian Newey projetou em 2022 e, dessa forma, vencendo o GP do Bahrein com absurda facilidade.

Na minha modesta opinião, Verstappen simplesmente humilhou os adversários, mostrando de forma mais do que clara que a distância das demais para a Red Bull não diminuiu. Era tão fácil, que dava para ver Max piscando de sono enquanto dirigia sozinho, extremamente aborrecido e entediado.

Eu tendo a concordar com o Alonso: 19 pilotos podem simplesmente esquecer a possibilidade de ganhar o campeonato em 2024. E para todos eles, a pior situação é mesmo a do Sérgio Perez, que deve ter se conformado de uma vez por todas que é meio segundo mais lento que Max.

Logo, deixo o conselho logo de cara para quem vai acompanhar o campeonato de 2024 de alguma forma: assista as corridas como se o Verstappen simplesmente não existisse, e foque sua observação das corridas a partir do segundo colocado.

Sei que você gostaria de ver a disputa pela vitória, mas ela não existe. E quando olhamos para os demais blocos do pelotão, identificamos uma corrida muito mais divertida.

Quer ver?

Carlos Sainz mostrou que está com sangue nos olhos em 2024, e derrotou LeClerc mais uma vez. Aliás, penso que o monegasco está mesmo quebrado por dentro, necessitando com urgência de um terapeuta para entender melhor o momento profissional que está vivendo.

A McLaren agora disputa com a Mercedes pela terceira força, mas entendo que Norris e Piastri estão neste momento em melhor posição que Hamilton e Russell. A equipe alemã precisa se encontrar com o novo conceito do carro, além de administrar a saída do heptacampeão da equipe.

Aliás, Lewis já sente as consequências do ano de despedida, e sabe que a Mercedes vai claramente trabalhar para Russell em 2024. E está tudo certo.

 

Agora, complicada a vida está para a Aston Martin, que andou para trás nos aspectos técnicos e precisa lidar com a ameaça da saída de Fernando Alonso. Será que papai Lawerence vai ter paciência com o filhinho Lance para queimar tanto dinheiro em uma operação que não entrega o retorno esperado?

Outra equipe que levanta dúvidas sobre sua permanência na Fórmula 1 é a Alpine, que virou a pior equipe do grid. É inacreditável como a Renault está deixando essa corporação se tornar algo vergonhoso nos aspectos técnicos. Pelo visto, não importa o tipo de mudança que aconteça no time francês, nada entrega o resultado esperado.

Chama a atenção o fato da Haas não ser a última do pelotão, e da Kick Sauber ir melhor do que o esperado, apesar daquela pintura horrorosa do carro. E temos que ficar atentos ao clima na VCARB Racing Bulls, que já azedou com a ordem de equipe para o Tsunoda deixar o Ricciardo passar para lutar por uma posição que não resultava em pontos para o campeonato, em uma troca que saiu do nada e chegou a lugar nenhum.

No final das contas, o GP do Bahrein de 2024 foi menos insosso do que eu esperava, considerando a perspectiva do “é um mundo onde o Verstappen não existe”. Ou pode ser aquela típica empolgação e olhar mais simpático para tudo por ser a primeira prova da temporada.

Quem sabe na semana que vem, na Arábia Saudita, podemos ter uma corrida ainda mais interessante.

Mais interessante inclusive que a expressão facial da Geri Haliwell ao lado do (pelo menos por enquanto) marido, Christian Horner, no paddock do Bahrein.

Constrangimento define.


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@oEduardoMoreira