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Mitos do trabalho remoto que foram derrubados em 2020

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Algumas pessoas começaram a amaldiçoar o trabalho remoto tão logo se viram obrigadas a ficar longe daquela secretária gostosa ou do estagiário garotão que estava pegando longe do marido brocha. Na prática, o tempo de confinamento serviu para derrubar vários mitos estúpidos que o imaginário popular criou sobre essa prática laboral, e nesse post vou comentar sobre cinco desses mitos.

E ajudar, de alguma forma, a mantê-los no chão.

 

 

 

Os trabalhadores perdem a rotina das 9 às 5 de trabalho no escritório (e, portanto, a produtividade)

 

Que mentira, que lorota boa…

Muita gente descobriu que, ao trabalhar em casa e evitando os engarrafamentos, a qualidade de vida aumentou, o estresse diminuiu, todo mundo começou a dormir melhor, e a produtividade subiu. Alguns funcionários ficaram mais eficientes trabalhando de casa. E só não é produtivo na vida (como um todo) quem tem preguiça nata mesmo. Toupeiras, acéfalos e vagabundos não conseguem produzir no home office de jeito nenhum.

E sobre isso, eu falo com propriedade: faço home office há 12 anos, e trabalho pra caramba. Com a diferença (é claro) de poder assistir jogos da UEFA Champions League nas minhas pausas laborais.

 

 

 

As reuniões regulares são a chave para manter os funcionários alinhados

 

Nada disso.

Muitas reuniões que saem do nada e chegam a lugar nenhum só vão resultar em funcionários dispersos e com visões diferentes sobre o mesmo tema ou a mecânica de trabalho. Quando as relações interpessoais conseguem oxigenar pelo fato de você não ser obrigado a olhar para a cara daquele infeliz que consegue te irritar pela simples existência na Terra, os pensamentos dos profissionais envolvidos tendem a se alinhar melhor.

Conviver todos os dias com gente chata pode resultar em estresse e, em alguns casos, tentativas de homicídio. Logo, é melhor manter o distanciamento social nesse caso.

 

 

 

O trabalho presencial torna a reconciliação mais fácil

 

É uma continuação do item anterior.

Nem sempre os conflitos são resolvidos com maior facilidade na convivência presencial. Pelo contrário: as chances de você enfiar a mão na cara de alguém que não concorda com a sua visão profissional aumentam no presencial.

O distanciamento social ensinou para muitas pessoas que é possível sim conversar através de uma câmera ou por chamada de voz do WhatsApp e, ainda assim, chegar a um entendimento sem ameaçar ninguém de morte. O que é ótimo, pois as reconciliações e aproximações se tornam mais dinâmicas com uma via tecnológica como intermediária.

 

 

 

A experiência de trabalho remoto é pior para minorias raciais e grupos sub-representados

 

Pode ser mais difícil, e eu não vou me aprofundar nesse tema (questões econômicas, sociais, etc), mas não pior.

O que eu vi da galera preta, da mulherada, dos LGBTQIA+ e outras minorias se dando bem com o trabalho remoto, com iniciativas inovadoras e soluções de negócios criativas só mostra que essa mecânica profissional, diferente das inteligências artificiais, não vê raça, gênero, condição sexual, orientação religiosa e, pasmem, time de futebol que você torce.

O trabalho remoto atende a todos, de forma igual. Fato.

 

 

 

Executivos e gerentes não têm problemas para se adaptar ao trabalho remoto

 

Esses foram os que mais se ferraram com o trabalho remoto.

Muitos dos chefes não sabiam ligar o computador ou utilizar ferramentas de chamadas de vídeo. Enquanto isso, vários dos seus funcionários (muitos deles mal pagos) se deram bem em manter as suas rotinas laborais de casa. Logo, o novo normal ensinou aos que estavam no topo da cadeia alimentar que reaprender (ou aprender) sobre o que a tecnologia de hoje pode oferecer ajuda a manter os seus empregos e, por tabela, os seus altos salários…

…que quase não serviram de nada para a prática do home office.

 

 

Via WeForum.org


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@oEduardoMoreira