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Moto G34 esconde um segredo obsceno

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Vamos dar um tempo de toda essa zoeira com a Samsung. Senão a assessoria de imprensa vai achar que eu estou pegando no pé da marca só porque eu não fui convidado para o evento de lançamento dos novos Galaxy S24 em São Paulo.

Pode até ter uma dose de verdade nessa teoria absurda e difamatória sobre a minha revolta por não ser convidado para o evento da Samsung. Mas o que eu quero mesmo neste momento é me desafiar.

Sim. Falo isso de coração aberto. Pois vai ser um desafio fazer piadas com o Motorola Moto G34. Por incrível que pareça, a Motorola até que acertou dessa vez.

 

Acertou, mas não se empolga

Eu até estou sentindo um certo revival de tudo o que vivi em 2013, quando a Motorola lançou o primeiro Moto G e conquistou metade da Classe C brasileira com um smartphone que foi uma das melhores relações custo-benefício da história.

Mas não quero me sentir empolgado com o sentimento de nostalgia. Vou beber mais um gole de café amargo para despertar o meu cérebro e voltar a ativar o “modo zoeira” para fazer bullying com o mais do que interessante Moto G34.

Humanidade, fica a dica séria no meio de tantas bobagens: se um smartphone tem duas configurações de RAM e armazenamento, SEMPRE COMPRE AQUELE QUE TEM AS ESPECIFICAÇÕES MAIS COMPLETAS!

E eu sei que você está com a grana curta e precisa economizar para pagar a conta de internet que você usa para consumir esse conteúdo. Mas… mesmo assim… nem mesmo o maldito do guaxinim barbudo que é regente daquele coral que adora fazer playback lá em Florianópolis merece ter um smartphone com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.

Isso mesmo: nem o meu pior inimigo merece isso.

A internet não para de evoluir (apesar das fake news), o Android é sempre mais exigente, os aplicativos estão ficando cada vez maiores e você não para de receber nudes e vídeos comprometedores no smartphone.

Ou seja, para muitas pessoas que usam o telefone normalmente, os 128 GB já são insuficientes. E os 4 GB de RAM vão deixar o dispositivo soluçando mais do que carro sem gasolina ou bêbado regado à álcool.

Dito tudo isso… vem a dona Motorola e tenta me desmentir com esse placebo do “mais 4 GB de RAM Boost”. E quer convencer a todo mundo que isso basta para você poder rodar um game mais pesado em um smartphone de entrada.

Sério… isso aqui é tão placebo quanto beber Red Bull e acreditar que vai pilotar melhor do que o Max Verstappen. Não é porque uma bebida com gosto de xixi promete “te dar asas” que isso literalmente vai acontecer!

Até porque a própria Red Bull foi processada por causa dessa propaganda. Sério: alguém lá fora decidiu mover uma ação contra a empresa de energéticos porque não conseguiu asas depois de degustar a bebida.

Eu conto essa história em outra oportunidade.

Enfim… RAM Boost é o mesmo que mascar chicletes para resolver uma equação de álgebra. É o mesmo que estudar para a prova de física assistindo ao programa da Ana Maria Braga. Pior: é como estudar matemática avançada com a Luciana Gimenez.

Você pode até aprender alguma coisa, mas na prática, a lição é bem mais dolorosa que na teoria.

 

Eu tenho dúvidas se você é bonito ou se me dá arrepios

A Motorola se esforçou para deixar o Moto G34 minimamente diferente no seu design, colocando o couro vegano para atrair a audiência que adora aplaudir o pôr do sol, e esse calombo na área do sensor de câmeras.

Esses elementos deixam o smartphone diferente de um Xiaomi? Sim, com toda certeza. Mas daí a dizer que o hematoma na área das câmeras é algo que acompanha a elegância do couro vegano… olha, essa é a visão estética de um Romero Britto da vida, e isso me incomoda um pouco.

Aliás, a brotoeja que esse telefone tem na parte traseira me causa desconforto. Sabe aquele arrepio quando você vê alguém com fratura exposta, mas sem a parte do sangue e do osso pontudo saindo do braço? Então, é basicamente a mesma coisa que eu sinto.

Não, meu caro motofã que está me xingando. O Moto G34 não é uma coisa horrorosa, que saiu de um espancamento na Praça da Sé há 15 minutos. Ele só é esteticamente estranho. A proposta aqui é difícil de entender.

Eu entendo e aceito o couro vegano, mas esse inchaço na parte traseira do telefone quebra essa proposta estética positiva. Só isso. Não precisa me processar por ter criticado algo que muitos não vão se importar (e eu só ligo porque tenho que criticar alguma coisa nesse produto).

 

Pelo menos ele tem o Snapdragon 695…

Pronto! E boa parte dos leitores acabaram de ter orgasmos múltiplos com essa frase acima…

Esse é o grande ponto forte do Moto G34: o seu processador Snapdragon 695 que, por sinal, é fabricado pela Qualcomm, e não pela Motorola. E eu preciso lembrar isso para os mais empolgados neste momento.

O grande mérito da Motorola foi colocar em um telefone de entrada um processador que permite que esse smartphone receba algumas coisas bem legais para um dispositivo econômico. Por exemplo, taxa de atualização de 120 Hz na tela, 5G e NFC.

Porém, eu lamento jogar água no chope dos mais empolgados ou acabar com a ereção dos mais excitados. Mas… esse processador que vocês tanto estão louvando e glorificando, o Snapdragon 695… ele foi lançado em 26 de outubro de 2021!

Ou seja, ele está nada menos que DOIS ANOS E TRÊS MESES entre nós. E isso levanta uma dúvida muito séria, que é um dos maiores problemas da dona Motorola para com a minha pessoa ao longo dos últimos anos…

 

Esse smartphone será abandonado no churrasco?

A Motorola tem um péssimo histórico em abandonar os seus clientes ao deixar de atualizar os dispositivos que até contam com um potencial técnico interessante, mas que caem na obsolescência porque a empresa entende que tem que ser assim.

Vários smartphones excelentes (e melhores que o Moto G34 nos aspectos técnicos) não receberam todas as atualizações que mereciam porque a empresa não quis trabalhar com novas versões do Android para esses produtos.

Agora… o que dizer de um smartphone que tem um processador lançado no final de 2021, que será obrigado a trabalhar com um Android que não para de avançar?

Eu realmente não gostaria de acabar com o rolê de quem vai defender esse smartphone de forma quase incondicional, mas é de se imaginar que a Motorola, mais uma vez, vai abandonar esse dispositivo justamente por causa desse processador.

E é aqui que está o meu grande problema com a dona Motorola.

O Moto G34 é um smartphone interessante, tem o 5G, tem um processador que entrega mais do que o seu equivalente na MediaTek e custa um preço competitivo para o seu porte.

Porém, quem se aventurar a comprar ele pode ter o gosto amargo da decepção no futuro porque as chances do produto ser descontinuado mais cedo são enormes.

Aí fica difícil, dona Motorola. Me ajuda a te ajudar!

Não adianta mesmo elogiar… eu simplesmente não aprendo!


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@oEduardoMoreira