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O primeiro celular a gente nunca esquece

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Esse é um dos conteúdos mais antigos que produzi, mas entendo que chegou a hora de refazer o material para que eu possa iniciar uma nova série de vídeos para o meu canal no YouTube.

Recentemente, compreendi que não apenas estou ficando velho, como também que o meu conteúdo faz muito mais sucesso entre os veteranos do que entre os novatos. Por isso, entendo que vale a pena fazer o que outros estão fazendo, e investir na produção de material para alimentar a nostalgia alheia.

E nada melhor do que começar essa nova fase falando dos celulares. Ou melhor, dos celulares que eu já tive e que ficaram na minha memória afetiva e pessoal.

Pensando no futuro do meu conteúdo, vou fazer um resgate breve sobre o primeiro celular que utilizei na vida, e convido que você compartilhe aqui qual foi o seu primeiro telefone móvel. Esse material vai dar origem para uma revisão sobre alguns telefones que marcaram o passado da telefonia móvel global.

E antes mesmo de começar, é melhor definir melhor o que vou abordar neste artigo.

 

 

As diferenças entre celulares e smartphones

Hoje, a grande maioria das pessoas carrega no bolso um smartphone, dispositivo que conta com múltiplas funcionalidades, inclusive a capacidade de realizar chamadas telefônicas. Até esse dispositivo alcançar esse status, ele passou por diversas mudanças ao longo dos últimos 30 anos. E nesse processo de transformação, o ponto de partida foi dado com o dispositivo que antes todos chamavam de telefone celular.

Na verdade, existem diferentes segmentos de telefones móveis, indo de celulares aos smartphones. São várias subcategorias de produtos que se diferenciam pela presença ou ausência de alguns recursos. Mas para simplificar neste primeiro momento, vou segmentar duas categorias de telefones móveis para melhor posicionar o produto que vai receber o meu destaque mais adiante.

 

O que é um celular?

O celular clássico do passado ou de primeira geração era um telefone móvel que contava com os recursos mais básicos, ou seja, receber e realizar chamadas e envio e recebimento de mensagens de texto. Nada de navegação na internet, jogos ou outros recursos que só apareceram em um segundo momento. Naquele tempo, a maioria de nós estava feliz se o telefone contasse com uma lanterna.

Alguns recursos eram muito limitados, como por exemplo a lista de chamadas, lista de contatos e agenda de compromissos. Ou você contava com poucos itens na memória interna do dispositivo, ou eles funcionavam de forma temporária ou momentânea.

Em um segundo momento, os celulares começaram a receber os primeiros recursos que apontavam para um dispositivo um pouco mais inteligente, como agendas de contatos e compromissos mais longa, navegação de internet via WAP e alguns jogos básicos, como o clássico jogo da cobrinha nos celulares Nokia.

Foi só depois dessa segunda geração dos celulares básicos é que o mundo começou a receber os primeiros smartphones.

 

O que é um smartphone?

O smartphone é um telefone móvel com recursos inteligentes, ou com funções que vão muito além do ato de comunicação por voz. Hoje, são considerados computadores de bolso completos, pois as principais tarefas que você poderia fazer em um destkop ou notebook podem ser feitas em um dispositivo com tela de pouco menos de 7 polegadas. E em alguns casos, esses telefones contam com maior capacidade de memória temporária ou de armazenamento interno que muitos computadores presentes no mercado.

O produto que vou destacar neste conteúdo faz parte do primeiro grupo, e vem do longínquo ano de 1998, onde tudo era muito diferente do que temos agora. Na década de 1990, os celulares eram itens de luxo para aqueles que tinham muito dinheiro, e apenas com o processo de privatização das empresas estatais de telecomunicações e a efetiva abertura desse mercado para a iniciativa privada e empresas estrangeiras é que foi possível a expansão do mercado para a maioria da população.

O telefone celular só se popularizou no Brasil com o aumento da competição e a queda de preços. Mesmo assim, não existiam regalias como chamadas e mensagens ilimitadas. Quem fazia a chamada pagava, e quem recebia também.

Naquela época, por causa dos custos elevados, as mensagens SMS eram muito populares, e isso talvez tenha contribuído para ajudar na atual popularidade do WhatsApp e outros serviços de mensagens instantâneas.

No final dos anos 90, os preços começaram a cair. Eu entrei para a faculdade e comecei a trabalhar com a parte de assistência técnica de informática em domicílio. E entendi que precisava ter uma via de comunicação mais eficiente e pessoal do que o pager que eu usava até então.

Sim… eu sou velho o suficiente para saber o que é um pager….

Agora, vou apresentar qual foi o primeiro celular que eu tive na vida. Aquele que comprei com o dinheiro fruto do suor do meu trabalho.

 

Apresentando o Philips Isis

Eu fui um feliz proprietário de um Philips Isis, e posso dizer isso hoje com a consciência tranquila.

Muitos podem entender hoje que aquele celular era uma porcaria. Porém, para um cara como eu, que estava lutando para crescer na vida, ter um celular em 1998 era uma autêntica vitória. Isso me impulsionou a querer avançar no setor de tecnologia e, felizmente, hoje tenho um patamar do qual estou satisfeito.

Uma das particularidades do Philips Isis é que ele funcionava também com pilhas comuns. Isso mesmo: quatro pilhas no padrão AAA eram suficientes para permitir o funcionamento do telefone por algum tempo.

Ou seja, se a bateria original do celular chegasse ao fim, eu poderia substituir por pilhas recarregáveis. E isso agregava uma excelente relação custo-benefício para esse telefone.

O modelo contava com os recursos mais básicos para o seu tempo, ou seja, realizar chamadas e enviar mensagens. Sua memória só armazenava 20 mensagens de texto, e o conjunto das baterias entregava uma autonomia de até 6 horas de uso. Sua tela tinha apenas uma linha de funcionamento, o que impedia a utilização para jogos e outros recursos um pouco mais avançados.

Eu mesmo só fui jogar o jogo da cobrinha em um celular Nokia depois de 2000.  Mas esse tema fica para um momento futuro.

Para você ter uma melhor ideia do que estou falando, vou apresentar a partir de agora as principais especificações técnicas do Philips Isis. Quem sabe eu não me motivo a fazer um review dele no futuro.

O Philips Isis tem dimensões de 172 x 52 x 31 milímetros, com peso de 189 gramas. Ele contava com antena externa e entregava até 70 horas de funcionamento em modo de espera.

Sua tela com uma única linha de informações contava com luz de fundo. Sua memória armazenava três toques telefônicos, e ele já contava com sistema de vibração para chamadas recebidas.

O modelo também oferecia o recurso de identificador e retenção de chamadas, além do controle de volume e discagem rápida. Também oferecia ao usuário funcionalidades de relógio, alarme e calculadora.

Além das chamadas telefônicas, o Philips Isis só contava como o recurso de envio e recebimento de mensagens SMS. Nada de internet, nada de MP3 player, rádio FM, câmera para fotos ou outros recursos básicos que só encontraria em outros dispositivos mais modernos.

 

Conclusão

O primeiro celular é algo que todo geek não esquece. Não me lembro quanto eu paguei por ele, mas não foi algo tão barato na época. Muitos telefones vieram depois desse, e sou um felizardo por ter testemunhado toda essa evolução tecnológica.

Consegui testar vários e vários telefones ao longo de 15 anos, e compartilhar essas histórias com vocês será uma enorme satisfação para mim.

E olhando para essa jornada desse ponto para trás, nem parece que faz tanto tempo assim. 25 anos na vida de muita gente pode não parecer muita coisa, mas para quem vive o mundo da tecnologia de forma intensa, é uma eternidade.


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@oEduardoMoreira