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O seu smartphone sobrevive à uma explosão nuclear?

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O tão esperado filme ‘Oppenheimer’ dirigido por Christopher Nolan chegou aos cinemas, e entregou atuações excepcionais e deslumbrante qualidade audiovisual.

Além da rivalidade divertida com ‘Barbie’, o filme trouxe à tona uma curiosidade interessante: para desfrutar da experiência completa nas salas IMAX de 70 mm, é necessário o uso de um software de um Palm com 21 anos de idade. Uma combinação intrigante entre passado e futuro que certamente tem despertado a curiosidade dos espectadores e dos fãs de tecnologia ao redor do mundo

Por outro lado, a trama do filme levanta uma questão curiosa e impactante: um smartphone é capaz de sobreviver a uma explosão de bomba nuclear?

Essa dúvida instigante nos leva a uma reflexão sobre as devastadoras consequências das bombas nucleares, como as que foram testemunhadas nos primeiros testes de armas nucleares realizadas pelos Estados Unidos, conhecida como a prova Trinity.

 

Explosões nucleares e seus efeitos avassaladores

A bomba ‘Gadget’, detonada nos ensaios da prova Trinity, apresentou ao mundo um poder destrutivo até então inimaginável.

A explosão, equivalente a 19.000 toneladas de TNT, criou uma cratera com profundidade de 1,5 metros e 80 metros de largura no local do impacto.

A onda de choque foi sentida a 160 quilômetros de distância, transformando a noite em dia e deixando uma trilha de destruição num raio de 300 metros. O calor gerado pela explosão fundiu a areia, formando uma espécie de vidro verde conhecido como trinitita. Um monumento feito desse material foi erguido no local da detonação em memória dos acontecimentos históricos.

Como você pode ver, o efeito destrutivo de uma bomba com tamanho calibre deixa poucas margens de sobrevivência para os smartphones atuais, incluindo aqueles que são considerados indestrutíveis.

Mas vamos apresentar respostas que reforçam a teoria, embasadas na ciência.

 

Os smartphones diante de uma ameaça nuclear

O que vai acontecer com um telefone celular ou smartphone que está próximo a uma explosão nuclear?

Neste cenário hipotético, o impacto mecânico e a radiação seriam os principais desafios para a sobrevivência do dispositivo eletrônico. Considerando que o aparelho resistisse fisicamente ao impacto e ao calor intenso, as redes de comunicação seriam comprometidas pelos efeitos do evento e seu potencial destrutivo.

Na prática, é um cenário simplesmente assustador.

Mesmo que o smartphone sobrevivesse fisicamente à explosão, as redes de telecomunicações provavelmente entrariam em colapso devido à alta demanda e às altas pressões provocadas pelo evento.

A radiação liberada poderia gerar pulsos eletromagnéticos que destruiriam qualquer equipamento eletrônico no raio de ação, incluindo as antenas e repetidores das redes de comunicação.

Ou seja, por mais que o celular aguente aos efeitos da explosão, ele se tornaria um peso de papel inútil.

 

Conclusão

Portanto, a resposta para a pergunta que dá título para este artigo é clara: um smartphone não teria qualquer chance de funcionar após uma explosão nuclear.

Além dos efeitos mecânicos e radioativos, as redes de comunicação seriam comprometidas, tanto pelo colapso de uma hipotética sobrecarga de sinal como pelos efeitos diretos e imediatos da explosão em suas estruturas, impossibilitando qualquer tentativa de comunicação.

E esse é um cenário que entrega um problema real para qualquer pessoa ou coletivo que está em um local onde uma bomba nuclear pode cair. Diante de tamanho desastre (que pode ser evitado se o mundo se pacificar de alguma forma), as vítimas não poderiam ser socorridas de forma mais eficiente, muito menos serem identificadas ou estabelecer comunicações com familiares.

E mesmo em situações menos catastróficas, como demonstrado nos atentados da maratona de Boston em 2013, as redes podem ficar sobrecarregadas pela demanda de pessoas em busca de estabelecer contatos com os envolvidos, causando falhas na comunicação.

A boa notícia disso tudo é que só estamos criando um cenário de simulação, aproveitando o hype do espetacular filme de Nolan. Ainda estamos no campo da mera curiosidade.

As tensões políticas atuais não permitiriam o lançamento de bombas nucleares (pelo menos quando este artigo foi concebido; não podemos prever um cenário futuro). Os países reconhecem o efeito dominó que tal ação desencadearia, com uma potencial aniquilação do planeta a partir do primeiro ataque nuclear.

As atrocidades de Hiroshima e Nagasaki, outrora impactantes, parecem meros brinquedos em comparação a bombas destrutivas como a ‘Bomba do Czar’.

E é melhor que todos fiquem no campo hipotético mesmo. E filmes como ‘Oppenheimer’ são necessários, inclusive para lembrar ao mundo a ameaça em potencial que as bombas nucleares representam para a humanidade.

Em função disso, precisamos despertar uma consciência maior sobre nossa real capacidade de autopreservação e entendimento comum diante das diferenças estabelecidas.


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@oEduardoMoreira