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O Windows não é mais o mais importante para a Microsoft

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Isso estava meio claro, mas o mundo precisa de pessoas como eu para confirmar isso para pessoas como você.

A chegada de Satya Nadella como CEO da Microsoft resultou em uma revolução, na escala de sair do ódio ao Linux na era Steve Ballmer para o amor ao Open Source. E tudo começou com a liberação do código da parte do servidor do framework .NET.

O objetivo de Nadella na direção da Microsoft é fazer com que a empresa centre seus esforços mais nos serviços e menos nos produtos, mas sem abandonar os produtos. Isso ficou bem claro com o fim dos smartphones e no fim do protagonismo daquele que era, até então, o seu principal produto para o mercado de massa: o Windows.

 

 

O próprio Nadella deixa isso bem claro

Em recente entrevista para o Wired, Satya Nadella comentou que “o sistema operacional já não é a parte mais importante para nós. O mais importante para nós e o modelo da aplicação e a experiência A forma em que nós vamos escrever aplicativos para o Duo e o Neo terá muito mais a ver entre si do que só escrever um aplicativo para Windows ou para Android, porque vai se tratar do gráfico da Microsoft”.

Pode parecer um pouco contraditório, mas faz sentido quando entendemos que, para Nadella, “o futuro é impulsionado pela nuvem”. Ou seja, ele quer que a Microsoft ofereça experiências para os usuários através da nuvem, onde o Windows vai manter um protagonismo importante, mas muito mais como um meio do que como um fim.

O fim do protagonismo do Windows como ponta de lança dos negócios da Microsoft também se reflete nas receitas da empresa. Em julho de 2019, o Azure ultrapassou pela primeira vez os resultados obtidos pelo sistema operacional, onde a divisão de computação na nuvem cresce sem parar, e tudo parece indicar que esta será a principal aposta da gigante de Redmond no futuro.

Em resumo: a Microsoft no passado queria o Windows + MS Office para os usuários finais, enquanto que a empresa do presente quer construir um ecossistema que vai funcionar na nuvem, onde o windows será uma via para acessar esse ecossistema. Mesmo assim, não se iluda: o combo Windows + MS Office ainda é muito importante para Nadella.

Mas resta saber como será essa volta da Microsoft no mercado mobile. Será que vai ter um bom impacto? Apesar de obter boas receitas com as patentes do Android e do Chrome OS, ela não tem controle sobre o ecossistema do Google. Logo, é preciso expandir o alcance de suas propostas em diferentes frentes, e o mercado de smartphones é parte dessa expansão.


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@oEduardoMoreira