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O Windows se transformou em um spyware?

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Algumas pessoas vão ver o título deste conteúdo e vão mentalmente levantar a pergunta: “quando o Windows não foi um spyware?”. E isso não é uma visão pessimista ou de crítica exclusiva à gigante de Redmond, mas sim uma realidade prática.

Conforme os anos vão passando e as novas versões do sistema operacional da Microsoft chegam ao mercado, tudo fica cada vez pior. E o Windows 11 está lotado de críticas por parte dos usuários mais descontentes.

Por isso, vale a pena levantar a discussão sobre um ponto que nunca deixou de ser debatido em maior ou menor medida. Afinal de contas, muitos usuários estão preocupados com a sua privacidade no uso informático, e a Microsoft parece não colaborar muito para deixar os desconfiados um pouco mais tranquilos.

 

Entendendo melhor o comportamento do Windows

Primeiro, vale a pena entender o que significa o termo spyware. Para isso, não precisamos recorrer a algum entendimento acadêmico sobre o tema. A Wikipedia basta:

Spyware (acrônimo para software espião) é um software com comportamento malicioso que visa coletar informações sobre uma pessoa ou organização e enviá-las a outra entidade de forma que prejudique o usuário, por exemplo, violando sua privacidade ou colocando em risco a segurança de seu dispositivo. Esse comportamento pode estar presente em malware, bem como em software legítimo. […] O spyware é frequentemente associado à publicidade […]. Como esses comportamentos são tão comuns e podem ter usos não nocivos, fornecer uma definição precisa de spyware é uma tarefa difícil.

Essa é uma explicação breve para um tema que pode ser bem complexo, mas é uma descrição resumida bem acertada, já que muitos softwares podem violar as regras do bom senso para veicular publicidade de muitas maneiras.

O Windows é acusado de ultrapassar as raias do bom senso para veicular publicidade para os seus usuários. Uma análise do tráfego gerado pelo Windows 11 em um computador que acabou de ativar esse sistema operacional, sem sequer um aplicativo ser executado detectou que os computadores de fábrica, podem se conectar constantemente a múltiplos sites de diferentes categorias, indo da Microsoft e Amazon até as páginas de distribuidores de soluções de segurança, e obviamente, as páginas de publicidade.

Essa prática da Microsoft não é recente. Começou com o famigerado Windows XP, que só se conectava ao Windows Update e alguns sites e serviços aparentemente inofensivos na primeira inicialização do computador, mas como o passar do tempo estabelecia conexões com plataformas de todos os tipos, sem o consentimento ou conhecimento do usuário de forma direta.

 

O que isso significa em sua vida prática

O resumo do estudo mostra que o Windows 11 estabelece conexões indiscriminadas aos sites que vão rastrear os dados dos usuários de forma quase indiscriminada. E isso acontece apenas e tão somente pelo primeiro uso do Windows no computador.

Ou seja, se você aceitar os termos de uso do Windows 11, você está muito provavelmente aceitando todos os termos e condições de uso, incluindo a permissão para o que eles façam o que quiser com os dados gerados por aquele computador desde os primeiros segundos de conexão à internet com esse equipamento.

Sem realizar um estudo aprofundado sobre o assunto, dá para dizer que essas políticas e termos de uso adotados neste momento pela Microsoft podem ser considerados ilegais de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados que está em vigor em diferentes países do mundo.

Logo, se algum advogado especialista no assunto quiser arrancar algum dinheiro fácil da Microsoft, a hora é agora. De quebra, existem grandes chances desse mesmo advogado conseguir deixar o funcionamento do Windows um pouco melhor sem tantos serviços coletando dados de forma desvairada desde a primeira ativação do sistema operacional.


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@oEduardoMoreira