Eu aposentei o Antônio.
O Antônio era aquele cara que estava falando em meu nome nos canais de vídeos que eu tenho no YouTube. Confesso que pedi a ajuda dele porque estava muito mais prático produzir os roteiros dos vídeos e pedir para que ele, um recurso que converte o texto em voz, realizasse as narrações dos vídeos em off.
Mas como conheci novos recursos bem interessantes para a produção dos vídeos, decidi voltar a dar a cara para bater… ou melhor, colocar a minha voz de volta no jogo para deixar os meus vídeos mais dinâmicos e com maior identidade.
Vou explicar a partir de agora o que aconteceu, e quais são os recursos que utilizo nesse momento para produzir os meus vídeos.
Por que usei o Antônio esse tempo todo?
Porque eu precisava ganhar tempo na vida, já que tinha muitos conteúdos para produzir entre textos e vídeos. Confesso que produzir os vídeos em off me entrega tempo na produção de conteúdo, ao mesmo tempo em que consigo dar uma driblada no algoritmo do YouTube que, de forma bem curiosa, não gosta muito de pessoas não-brancas.
A prova do que estou falando é que a partir do momento em que parei de aparecer nos vídeos no canal do TargetHD.net, o meu número de inscritos aumentou de forma considerável. Mas vou deixar esse tema do algoritmo racista para outra oportunidade.
Além disso, eu não estava satisfeito com a qualidade dos meus vídeos, onde o áudio e a imagem estavam abaixo do que eu considero o ideal para o compartilhamento com os demais usuários. Mas agora que encontrei um denominador comum, posso enfim reativar os canais com um resultado final que me agrada.
Por fim, passei os últimos anos brigando para manter a minha saúde mental em dia, e só agora me sinto em condições para colocar a minha personalidade nos vídeos, com pitadas de sarcasmo e bom humor que podem divertir a algumas pessoas.
Por isso, eu agradeço ao Antônio pelos serviços prestados até agora.
Daqui para frente, é comigo. Está tudo no meu nome.
As tecnologias que estou utilizando para produzir os vídeos
Como os vídeos agora estão em formato “dark” (onde a minha voz narra tudo em off enquanto as imagens são exibidas), posso escolher os vídeos a partir de diferentes fontes, indo do acervo pessoal de imagens até os vídeos livres de direitos autorais. Se bem que, de vez em quando, eu esbarro com algum tipo de bloqueio com a dona Apple, que detesta que produtores de conteúdo utilizem os seus vídeos para qualquer coisa.
Uma das ferramentas que permitiram o retorno para as plataformas de vídeos foi o ClipChamp, editor online e offline da Microsoft que entrega resultados muito interessantes, com uma qualidade profissional. Todo o processo de edição é simplificado, e até mesmo um macaco bem treinado ou um velho burro como eu consegue produzir vídeos com uma boa qualidade para uma plataforma como o YouTube.
Inicialmente utilizei o recurso de texto convertido em voz para colocar a narração do Antônio nos vídeos, mas com o passar do tempo, me preocupei com o fato desse conteúdo não contar com identidade própria, já que outros canais do YouTube estavam apostando na mesma ferramenta. Então, comecei a procurar soluções para entregar uma melhor qualidade na gravação da minha narração.
E encontrei a solução perfeita no Adobe Podcast, uma plataforma online gratuita que entrega dois serviços muito importantes.
O primeiro é o sistema de análise do hardware para gravação, onde o seu microfone é avaliado para que você realize a melhor configuração possível para obter a melhor qualidade no registro de áudio.
O segundo recurso (e o mais relevante deles) é a ferramenta de redução de ruído, onde o usuário envia o áudio bruto para o Adobe Podcast, e com a ajuda da inteligência artificial, o site reduz o ruído, faz o nivelamento e limpa o áudio a ponto de deixar a sua voz com a mesma qualidade de gravação de estúdio.
É claro que o resultado do recurso de redução de ruído pode variar, dependendo do nível de ruído presente no ambiente. Por outro lado, a qualidade do áudio fica muito melhor do que a gravação no seco ou com esse mesmo material trabalhado no Audacity, que pode entregar resultados artificiais.
A edição do áudio bruto, com a eliminação dos erros, limpeza de silêncio e inserção de trilha de fundo ainda é feita pelo Audacity, que é um software gratuito e muito competente para essa tarefa.
Todo o material é enviado para o ClipChamp, que tem uma interface simples e descomplicada, com uma curva de aprendizado bem baixa para agilizar o processo de edição. Sei que muitos vão recomendar o CapCut como software gratuito de edição de vídeos, e ainda quero testar essa solução. Mas nesse momento, o programa da Microsoft é simplesmente impecável.
De quebra, o ClipChamp consegue converter o resultado da edição em um vídeo com resolução 1080p em um tempo relativamente baixo. Na grande maioria dos casos, os vídeos ficam prontos em menos de 10 minutos, o que resulta em mais tempo livre para editar dois ou três vídeos em uma única tarde.
Conclusão
É bom estar de volta aos meus vídeos no YouTube. E é melhor ainda poder entregar a minha voz e a minha personalidade aos meus vídeos. E espero que essa nova fase funcione não apenas para ganhar audiência na plataforma de vídeos, mas para estabelecer uma efetiva troca de ideias e informações sobre esse mundo da tecnologia que tanto amamos.
Com o tempo, entendi que o bom conteúdo está na qualidade do que é transmitido, e não necessariamente na riqueza das imagens. Eu posso colocar a foto de uma abóbora por dez minutos e falar sobre a importância de uma tecnologia com o ChatGPT em nossas vidas. Ou um vídeo com a Mulher Pêra dançando seminua enquanto falo da descoberta da cura do Alzheimer.
Tudo bem, são temas não relacionados. Mas tenho quase certeza que vou chamar a sua atenção por um motivo ou por outro.
E eu bem sei que a Mulher Pêra é mais atraente do que o meu rosto em qualquer situação.