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Primeiras Impressões | Allegiance (NBC, 2015)

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Preciso mesmo escrever sobre essa série? Ok, vamos lá… a NBC segue apostando (para não dizer insistindo) nas séries de espionagem, e estreou recentemente Allegiance, que tenta levantar os conflitos éticos, morais e cívicos dentro de um drama de espionagem/drama familiar/série que não vai ter vida muit… ops… estou me antecipando nesse post… vou devagar para não decepcionar vocês.

A história tem como personagem central Alex O’Connor, um analista da CIA que se torna agente de campo do FBI. O seu primeiro grande caso é desmantelar uma grande estrutura de espionagem do governo russo infiltrado nos Estados Unidos. O que ele não imagina é que TODA A SUA FAMÍLIA (talvez até a sua irmã caçula) está envolvida nessa rede de espionagem inimiga, que começou décadas antes de Alex nascer.

Seus pais, Katya e Mark, estão envolvidos até o pescoço no assunto, uma vez que eles foram recrutados anos antes. Eles já foram forçados a ‘entregar’ uma de suas filhas para o tal sistema russo, mas o piloto mostra que Natalie está muito mais interessada na trama de espionagem, e que não foi tão obrigada assim quanto parece. De qualquer forma, a história vai mostrar esse conflito ético, levantando a questão do ‘o que vale mais: a família ou os interesses patrióticos?’

Viu? Não tem muito para dizer sobre Allegiance.

Allegiance - Season 1

O piloto apresenta a trama e os personagens, mas tudo é muito raso. Talvez a ideia deles foi justamente essa: não tornar a série muito complexa, para não fazer com que o telespectador abandone rapidamente a trama. Porém, ela é tão básica, que não chama a atenção em nada. Talvez nós ficamos mal acostumados com séries com essa temática mais estruturadas e melhor elaboradas (apenas dois exemplos: The Americans e Homeland). Mesmo assim, Allegiance peca pelas próprias pernas, em um piloto muito irregular.

Um episódio arrastado, com um roteiro morno e imediatista – com decisões incoerentes de alguns personagens -, atuações que deixam a desejar… é um conjunto de elementos que acabam impactando negativamente no desenvolvimento de um episódio que até apresenta a proposta geral da série, e mostra claramente o ritmo que ela deve seguir daqui para frente. Mas que só deve manter como público-alvo aqueles que são fãs incondicionais do gênero (que assiste qualquer coisa que envolva ‘espionagem’ no meio), ou aqueles que não sabem onde esconderam o controle remoto.

Allegiance também aposta no fator ‘curiosidade mórbida’ para segurar o telespectador para ver o próximo episódio, e até apresenta um bom gancho para o episódio seguinte (apesar de ser um gancho óbvio, diante de tudo o que foi apresentado ao longo do piloto). Mas começar com baixa audiência nunca é um bom indício, pois mostra que a audiência norte-americana não comprou a proposta de família russa de espiões, que escondeu isso o tempo todo do filho, que por sua vez é espião do FBI, e que agora precisa decidir se entrega os pais, se muda de lado, se fica calado…

Talvez seja mais um caso de uma boa ideia que não foi bem executada. Não imagino a trama indo longe, e minha recomendação é que você não se apegue muito com o que vai ver. Talvez eu esteja bonzinho demais para não chamar o piloto de Allegiance de ‘porcaria’, mas muita gente vai torcer o nariz pelo fato da série simplesmente não trazer nada de novo, ou não despertar nenhum tipo de sentimento no telespectador.

De qualquer forma, Allegiance rendeu essa review de mais de 500 palavras. Objetivo alcançado.


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@oEduardoMoreira