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Primeiras Impressões | Second Chance (Fox, 2016)

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Todo mundo queria uma segunda chance. Mas não para tudo, certo?

Vamos tornar esse post mais divertido? É claro que sim! Todas as vezes que a gente falar o nome dessa série, faremos da seguinte forma: Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass). Isso mesmo: vamos colocar em todas as vezes TODOS OS NOMES que essa série já teve antes de estrear. Sim, pois nunca vi na vida uma série mudar tanto de nome, o que já dava uma prévia da falta de identidade que essa premissa tem.

Combinados? Vamos lá.

Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass) é inspirada na história do Frankenstein de Mary Shellen, mas adaptada aos tempos atuais, como não poderia deixar de ser. A trama segue a vida (ou a segunda vida) de Jimmy Pritchard (Robert Kazinsky), um xerife aposentado de 75 anos de idade, moralmente corrupto, e que foi pego com suas falcatruas, sendo assim forçado a se aposentar. A velhice de Jimmy se resume aos problemas de saúde, a nostalgia do passado, a solidão compensada com prostitutas e a relação instável com o seu filho, Durval (Tim DeKay), um honesto agente do FBI.

A vida dele começa a mudar (ou recomeçar) quando em um suposto assalto em sua casa ele acaba assassinado. Sua morte não é por acaso, e pode ocultar uma grande conspiração dentro da divisão onde Durval trabalha. O filho assume a investigação sobre a morte do pai, e como isso pode ter conexão com a conspiração dentro do FBI.

Até aí, beleza.

A coisa fica bem louca quando os irmãos gêmeos Mary e Otto Goodwin (Dilshad Vadsaria e Adhir Kalyan) gênios do mundo da tecnologia e co-fundadores da empresa Lookinglass, decidem brincar de Deus, e decidem ressuscitar Jimmy, que passa a contar com um corpo bem mais novo e atlético, com maiores habilidades motoras e intelectuais, sem problemas de saúde, mas a personalidade irritante do passado. O experimento dá certo (até porque o contrário impediria que a série existisse, o que não seria uma má ideia…), e Jimmy recebe a sua segunda chance, para consertar tudo.

Consertar a sua relação com o filho, fazer justiça em relação aos planos ocultos de gente poderosa, e efetivamente fazer o bem sem olhar a quem, coisa que ele não fez na sua primeira vida.

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Não podemos dizer que Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass) não é uma série da Fox. É sim uma típica série da Fox, com uma das premissas mais absurdas da temporada. Veja bem, não estou aqui criticando o fato deles se inspirarem na história de Frankenstein de Mary Shellen, repaginando essa história para os tempos atuais. O grande e real problema é essa repaginação desafiar de forma absurda a lógica dos tempos atuais.

Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass) é uma forcação de barra sem fim. Não é um piloto tecnicamente ruim, pois apresenta a série de forma efetiva, mas tudo soa muito forçado e exagerado. É mais uma tentativa da Fox em inserir na sua grade uma série de ficção científica. Talvez ela tivesse mais chances de sucesso do que a horrorosa Minority Report, mas não deve ter vida longa na complicada grade do canal.

Os personagens não são carismáticos, e o roteiro é bem linear. Não é um piloto absolutamente maçante, pois tem boas cenas de ação. Mas quando você olha o resultado geral do episódio, o conjunto da obra, você pensa o tempo todo “meu, pra quê tudo isso?”. Ou melhor, se pergunta: “por que devo voltar para assistir ao próximo episódio de Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass)?”. A série não oferece argumentos suficientes para continuar, nem mesmo as subtramas que Jimmy e Duval terão que explorar para descobrir o que realmente está acontecendo nas suas vidas.

Posso dizer que Second Chance (antes Frankenstein, antes The Frankenstein Code, antes Lookinglass) entra na lista de “séries desnecessárias da temporada”. Pode até dar certo. Afinal, Rosewood, que eu não dava nada, pelo visto vai vingar. Mas não creio honestamente que a série do Frankenstein chato e machista possa funcionar com a audiência. E falo isso sem achar o piloto uma porcaria. Ele é apenas fraco, dispensável, desnecessário e esquecível.

Dica? Não se apeguem.


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@oEduardoMoreira