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Primeiras Impressões | Trophy Wife (ABC, 2013)

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A Fall Season 2013-2014 começou, e agora, não tem mais volta. Vamos receber uma batelada de novas séries, e tentar contar aqui no blog as impressões da maior parte delas (até porque será, de novo, humanamente impossível ver tudo). Vamos começar por Trophy Wife, que só estreia nos Estados Unidos no dia 24 de setembro. Mas como uma alma caridosa liberou o piloto antes… estamos aqui, fazendo esse post.

A série conta a história de Kate (Malin Âkerman), uma balzaca (nem tão nova, nem tão velha), que vivia uma vida de diversão e baladas com suas amigas. Até em uma determinada noitada de karaokê, um incidente (ela literalmente caiu em cima do coitado) a fez conhecer Peter (Bradley Whitford). Os dois vão parar no hospital, “para se conhecer melhor” (entendam a ironia aqui, vai…), e lá, Kate tem um preview do que seria o seu futuro ao lado de Peter.

A dupla é atendida no hospital pela ex-esposa de Peter, a perfeccionista,  neurótica e mal comida Dra. Diane (Marcia Gay Harden), mãe de dois dos filhos de Peter. Meg (Natalie Morales) é a típica adolescente problema, a “revoltada wannabe”. Já Nelson (Ryan Lee) é o pré-adolescente nerd que está entrando para a puberdade, com os seus problemas típicos da sua idade.

Todos ficam preocupados com Peter. Inclusive a sua segunda ex-esposa, Jackie (Michaela Watkins), uma esquisitona hippie que vive uma vida (e um mundo) totalmente alternativo. Dessa relação com Peter, também apareceu um filho alternativo, Bert (Albert Tsai), que faz questão de dizer que é chinês (para não deixar dúvidas).

Um ano depois desse encontro promovido pelo destino (e por algumas doses de bebida na cabeça), Kate está casada com Peter, e vivendo essa realidade de forma intensa: os enteados com personalidades diferentes, as ex-esposas de Peter, que são presentes demais para quem queria se ver separadas do marido, e a necessidade de ter que equilibrar tudo isso. E ainda ser o “troféu” de Peter (se é que vocês me entendem… e eu sei que entendem).

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Sobre o piloto de Trophy Wife, ele é menos pior do que o promo me vendeu. Logo, foi melhor do que eu esperava. Mesmo assim, precisa apresentar mais. Entendo a ideia da ABC em seguir apostando nas comédias familiares. Afinal de contas, tem a comédia familiar de maior sucesso da atualidade (Modern Family) e tem uma boa audiência nas noites de sexta-feira com outra sitcom familiar (Last Man Standing). Ou seja, apostar nesse tipo de série é um movimento certeiro.

E até mesmo a proposta de fazer uma “nova família moderna”, onde as ex-esposas se envolvem mais na vida dos filhos mesmo após o divórcio, ou onde a balzaquiana se casa com o cinquentão, mas mostra que é bem mais do que uma loira gostosa (conceito esse que Gloria Delgado Prichett já mostrou que é possível fazer). A ideia de Trophy Wife, vendo por essas perspectivas, é boa.

Outro ponto que ajuda é que os personagens são de fácil identificação, e com algum carisma. Principalmente a protagonista, uma vez que as ações da série se centram nela em 90% do piloto. O jeito descolado e jovial de Kate ajuda na proposta da série, mostrando que, ao mesmo tempo que ela é o oposto das duas primeiras esposas de Peter, ela também pode ser o elo de ligação de todas aquelas pessoas.

Também vale destacar que o elenco infanto/juvenil também ajuda, apesar dos atores mirins de Trophy Wife serem bem mais fracos do que o elenco juvenil de Modern Family. Mesmo assim, funciona.

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O problema de Trophy Wife está na necessidade de vender a ideia para você assistir o próximo episódio. Não é uma comédia para você se escangalhar de rir, e algumas cenas de humor mais físico do piloto incomodam. Logo, reconheço que não é todo mundo que vai gostar da série. Aliás, vamos colocar assim: muita gente que prefere o humor Two And a Half Men vai achar o humor de Trophy Wife sonolento.

Em resumo: o piloto de Trophy Wife é “passável”. Não é genial (e não esperava isso), mas não é um desastre (que o promo prometia). É aquele tipo de série que pode entrar na lista “The Middle” de qualidade: quando você tiver tempo livre, e se estiver passando em algum canal que você zapear na TV a cabo, você provavelmente vai ver o episódio até o final. Não posso prometer diversão garantida se você assistir esse piloto, mas ao menos eles tentam apresentar uma perspectiva diferente da família nos dias de hoje.

Ao menos verei o segundo episódio para saber se melhora ou piora.


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@oEduardoMoreira