O edifício do governo metropolitano de Tóquio recebeu o reforço de três robôs que atuam como guardas de segurança. O detalhe aqui é que o design dos equipamentos é muito similar ao do icônico R2-D2 de Star Wars, com câmeras e sensores integrados que chamam a atenção de qualquer pessoa que gosta de tecnologia.
Inclusive a minha, que decidiu acordar cedo em um domingo de manhã para escrever sobre o assunto.
Essa é mais uma prova que os países asiáticos estão muito na frente nesta tecnologia. E que o Brasil dificilmente vai receber um robô como esse para cuidar da segurança das grandes cidades, pois muito provavelmente o brasileiro vai pegar um equipamento desses e sair correndo.
Os robôs são unidades do SQ-2, produzidos pela Seqsense em Tóquio. Eles recebem múltiplas câmeras para transmitir o vídeo em tempo real diretamente para o responsável humano pela equipe de segurança, que fica em uma central em algum ponto da cidade japonesa.
Ou seja, não são robôs 100% independentes (e nem poderiam ser neste momento), já que contam com a intervenção humana para ações mais enfáticas. Ninguém será preso por um robô neste momento, o que é uma pena, pois gostaria de testemunhar essa cena peculiar.
De qualquer forma, o que torna esses robôs tão especiais é que suas cabeças giram o tempo todo, realizando o mapeamento em 3D e vigiando o entorno constantemente. Tal e como o R2-D2 faria se fosse um robô de segurança.
Os equipamentos também contam com inteligência artificial, o que torna possível a detecção de pessoas e outros obstáculos para evitar colisões. Uma ferramenta integrada permite aos transeuntes se comunicarem com os guardas de segurança humanos que estão na central.
Seria muito mais interessante se a inteligência artificial interagisse de forma direta com os humanos, mesmo que fosse para as tarefas mais básicas. Por outro lado, a impressão que fica é que ainda temos um robô meio “burro”, pois essa dependência de um humano é algo meio frustrante.
Quando a bateria do robô se esgota, o dispositivo vai procurar automaticamente uma porta de recarga habilitada. Enquanto isso, ele continua monitorando tudo ao seu redor com suas câmeras. E essa é (aparentemente) uma das funções mais inteligentes do dispositivo: saber quando a sua bateria está se esgotando e tomar uma providência por conta própria.
O motivo para os robôs entrarem em ação é a escassez de pessoal de segurança no Japão, o que fez com que o governo local apostasse nesta tecnologia. E não há nada de errado com isso, já que em diferentes setores profissionais é exatamente isso o que está acontecendo.
Só espero que os humanos não reclamem no futuro que não contam com empregos decentes porque as máquinas ocuparam tudo. Os empregos existem, e aqui está uma das provas mais claras. Mas… será que existe o real interesse dos humanos para preencher essas vagas?
E é estranho ver essa escassez de profissionais de segurança no Japão. O que pode explicar esse fenômeno é que os jovens estão preferindo trabalhar com vagas relacionadas com tecnologia, deixando os postos de segurança mais escassos.
Isso… e uma população que está cada vez mais envelhecida, dificultando ainda mais a busca por profissionais habilitados para esses postos.