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Se o seu problema é a tomada de decisões, jogue videogames

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Se você está lendo este post pela tela do seu smartphone, notebook ou TV, saiba que isso só está acontecendo porque, de forma inevitável, a tecnologia está presente na sua vida. E está tudo certo com isso.

Negar a influência da tecnologia é uma postura ignorante e retrógrada. Só pessoas que não compreendem o mundo ao seu redor pensam dessa forma.

A tecnologia de consumo tem enorme influência em nossas vidas, e com o passar dos anos, diferentes estudos estão mostrando isso.

Felizmente, o tempo também mostrou que, diferente do que muitos idiotas tentaram vender por décadas, jogar videogames é algo muito benéfico para a nossa saúde, e em um sentido amplo.

Da criança ao idoso, todos podem se beneficiar da prática dos videogames. Os jogos eletrônicos ajudam a desenvolver os diferentes campos cerebrais, alivia o estresse e até reduz os índices de violência. Afinal de contas, no lugar de bater em alguém no mundo real, você está lá dando porradas em um personagem fictício que aparece em uma tela de um dispositivo eletrônico.

Agora, sabemos também que jogar videogames pode ajudar na tomada de decisões, algo essencial em nosso dia a dia.

Vamos então descobrir por que os videogames podem ser benéficos na decisão da faculdade que você vai cursar, se vale a pena casar ou comprar uma bicicleta, ou se você realmente deve dirigir depois de beber cinco latas de Red Bull misturadas com caipirinha de vodca com maracujá.

 

 

 

Está indeciso? Jogue videogames!

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual da Geórgia utilizou imagens de ressonância magnética funcional para explorar os efeitos dos jogos de videogames na atividade cerebral durante as tarefas que envolvem tomadas de decisões. Até porque muitos dos jogos eletrônicos que hoje estão no mercado se baseiam na mecânica que envolve decidir por uma ou outra opção e, em função disso, lidar com as consequências.

Como o ato de jogar videogames exige o uso da informação sensorial entrante de forma rápida para tomar decisões com precisão e de forma repetida, as tarefas de tomadas de decisões são relevantes para analisar os efeitos dessa prática no dia a dia. Ou seja, se você consegue atirar rapidamente em um adversário em jogos de tiro em primeira pessoa, pode decidir rapidamente se é melhor responder perguntas alternativas primeiro ou começar a resolver as questões dissertativas em uma prova do vestibular.

No estudo, foram analisados em um grupo jovens que se dividiram em grupos de jogadores habituais de videogames, que ficavam mais de cinco horas por semana na prática de jogos eletrônicos. No outro grupo participaram os jovens que não são jogadores regulares, praticando menos de uma hora por semana nos jogos eletrônicos. Os participantes completaram uma tarefa de categorização de movimentos desenvolvida para medir a capacidade de decisão de cada um.

O objetivo dos dois grupos durante os testes era observar dois conjuntos de pontos com cores diferentes, que se deslocavam em direções opostas. Depois de ver os pontos por dois segundos, os participantes tinham que responder de forma imediata em qual direção se deslocava uma cor específica de pontos. O tempo de resposta era de apenas três segundos antes de repetir a tarefa.

Isso foi feito para avaliar a rapidez que o cérebro pode processar a informação sensorial para tomar uma decisão como resposta. E os investigadores descobriram que os jogadores de videogames eram mais precisos em suas respostas e mais rápidos em responder em comparação com aqueles que não tinham o hábito de jogar videogames.

O resultado é algo até crível para quem aplica essa teoria no mundo prático. Quem joga videogames consegue decidir qualquer coisa com maior rapidez, mesmo que a resposta venha por um impulso. Já as pessoas que não são muito adeptas dos jogos eletrônicos são aparentemente mais indecisas ou lentas na hora de tomar as mesmas decisões.

O detalhe mais interessante que esse estudo revelou é que os dados coletados indicavam também que os jogadores de videogames mais viscerais também contavam com respostas cerebrais diferentes diante da tarefa. Tais resultados abrem a possibilidade que os videogames também podem ser utilizados para o treinamento cognitivo.

O próximo passo do estudo é verificar se essas pessoas que não são jogadoras de videogames de forma regular podem ser expostas aos testes que estão relacionados com os games e verificar se podem melhorar as respostas cerebrais na tomada de decisões.

 

 

 

Videogames sempre fizeram um bem danado

Eu me lembro que alguns estudos no passado comprovavam que os videogames também eram benéficos para melhorar a saúde mental de idosos, reforçando a capacidade motora e cerebral com o hábito regular dos jogos. Ou seja, sempre tentaram estabelecer que os jogos eletrônicos era um dos grandes problemas da humanidade, e a ciência séria sempre derrubou essa massa ignorante de pessoas que tentavam dizer o que era verdade (ou não) a partir de suas perspectivas irracionais.

E sempre defendi o uso dessa tecnologia para o melhor desenvolvimento do indivíduo como um todo. O que parte da mídia e de “especialistas” faziam sobre o tema, com afirmações totalmente baseadas em teorias sem fundamento sempre foi um grande absurdo. Aliás, se tornou comum ver pessoas que não entendem do que falam tentando estabelecer a verdade para todo um coletivo, sem pensar de forma objetiva nas consequências disso.

Por isso, lembre-se sempre: ter um Xbox Series S em casa não é apenas um luxo. É um investimento na sua saúde mental. E confesso que gostaria de jogar mais videogames no meu dia a dia, mas a necessidade em pagar as contas e os compromissos sociais me impõem o uso do meu tempo de forma mais produtiva e menos recreativa. Mas espero mudar isso com o passar do tempo.

Eu mesmo uso o videogame para relaxar e não sair socando pessoas por aí. E eu acho que você deveria fazer o mesmo para ajudar a deixar o mundo um pouco melhor.


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@oEduardoMoreira