Você já pensou em ter como colega de escola uma Inteligência Artificial? Pois é… isso está acontecendo… e seus pais preocupados em perder os empregos para o ChatGPT… mal sabem que você vai estudar com ele lado a lado.
A Ferris State University está realizando um experimento onde busca ser pioneira ao criar dois estudantes de inteligência artificial (IA) que se inscreverão, participarão de aulas e realizarão tarefas acadêmicas.
Os protagonistas desse experimento são os estudantes de IA chamados Ann e Fry. Essas entidades virtuais serão integradas ao ambiente universitário, matriculando-se em disciplinas, ouvindo palestras e entregando trabalhos, como qualquer aluno humano.
Qual é o objetivo disso?
Ann e Fry não apenas frequentarão a universidade, mas também terão a autonomia de escolher suas próprias disciplinas e especializações. A meta é que essas IAs, assim como os estudantes humanos, possam eventualmente obter seus diplomas universitários.
É sempre importante lembrar que ferramentas de Inteligência Artificial trabalham com o método de aprendizagem de máquina. Logo, observar como esses estudantes vão desenvolver essa capacidade de aprendizado pode ser importante para compreender melhor como o ser humano pode assimilar as matérias, melhorando o método de ensino em um sentido amplo.
Os idealizadores do experimento expressam a esperança de que Ann e Fry continuem sua jornada educacional, possivelmente alcançando o nível de doutorado. A abordagem do experimento é dinâmica, permitindo que as IAs decidam sobre os cursos a serem seguidos por conta própria, sem qualquer tipo de direcionamento de carreira.
A base desse experimento reside na utilização de sistemas computacionais avançados para simular a inteligência humana em Ann e Fry. Essas IAs foram desenvolvidas com histórias de fundo próprias, criando uma semelhança convincente com estudantes reais.
Como isso será possível?
Para viabilizar a participação ativa das IAs nas aulas, foram instalados sistemas computacionais e microfones nas salas de aula. Essa infraestrutura permite que os alunos virtuais ouçam as palestras dos professores e participem das discussões em tempo real.
Apesar dos dois alunos não serem pessoas ou entidades físicas, eles podem interagir com outros estudantes, já que a interação com outras pessoas é parte do processo de desenvolvimento do aprendizado das duas ferramentas.
Em um ambiente universitário, os estudantes trabalham em modo de aprendizado compartilhado, o que muda de forma considerável a dinâmica da assimilação de conhecimento. Entender os efeitos que esse processo causa nas IAs é outro objetivo desse experimento.
Outro propósito da iniciativa é oferecer aos professores uma compreensão mais profunda da experiência estudantil contemporânea. Monitorando Ann e Fry, os educadores buscam insights de soluções para um ensino mais eficiente, desde a admissão até a graduação.
A análise da experiência das IAs servirá como base para ajustar e aprimorar as metodologias educacionais. A intenção é aplicar as lições aprendidas no desenvolvimento de abordagens mais eficazes para os estudantes reais.
Esse experimento pioneiro visa estabelecer uma ponte entre a inteligência artificial e a realidade estudantil. Ao explorar as vidas acadêmica de Ann e Fry, os resultados podem influenciar positivamente o ensino para além do mundo virtual.
Agora… como será pedir cola para uma Inteligência Artificial? Será que a resposta vem pronta? Ou Ann e Fry contam com códigos morais e éticos sólidos, e entendem que colar (ou passar cola) é algo muito errado?