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Steve Jobs não foi diferente de Elon Musk na hora de demitir funcionários em massa

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Para você, que está estranhando o comportamento de Elon Musk ao demitir milhares de funcionários do Twitter de uma única vez, saiba que Steve Jobs não era alguém com um comportamento muito diferente disso.

O dono da Tesla e do Space X chamou a atenção do mundo quando passou o “passaralho” (sem trocadilhos) em pelo menos metade dos funcionários do Twitter de uma única vez, no melhor estilo “estalo do Thanos”. A desculpa neste caso era reduzir a sangria das perdas da rede social, estimadas em US$ 4 milhões por dia.

Mas ele não foi o único que fez isso no mundo da tecnologia. Na verdade, Musk não fez nada de diferente de Steve Jobs em um passado não muito distante.

 

Jobs, o terrível

A atitude de Musk nos remete aos anos 90, quando a Apple teve que tomar a mesma medida extrema, e pelo mesmo motivo: tentar impedir o escoamento de dinheiro através dos prejuízos causados por inúmeras decisões erradas.

A Apple estava em uma situação financeira que era considerada crítica em 1997. Nesse ano, Steve Jobs voltou para a empresa, depois de anos longe após ser afastado por uma manobra corporativa dos acionistas da época.

Jobs voltou para a Apple porque a sua segunda empresa, a NeXT Software, foi adquirida pela gigante de Cupertino em fevereiro de 1997. Dessa forma, ele virou assessor do então conselheiro delegado da Apple, Gil Amelio, e passou a atuar dentro do comitê executivo da empresa.

No mês seguinte ao retorno de Jobs, a Apple demitiu nada menos que 4.100 dos seus funcionários, depois que vários projetos de hardware e software foram arquivados. A empresa argumentou que queria reduzir os custos operacionais em US$ 500 milhões anuais para que, dessa forma, pudesse registrar um aumento dos lucros brutos no quarto trimestre do ano fiscal de 1997.

Quando Jobs voltou ao posto de CEO da Apple, os demais executivos receberam um tratamento similar ao que Parag Agrawal, ex-diretor geral do Twitter, recebeu de Elon Musk após a conclusão da aquisição da rede social. O que mostra que estamos diante de uma repetição de algo que já vimos no mundo da tecnologia.

 

Será que vai dar certo de novo?

Não existe qualquer tipo de garantias que o movimento de Elon Musk vai funcionar da mesma forma que funcionou para a Apple com Steve Jobs em 1997. Até porque as demissões não foi a única coisa que aconteceu para que a empresa de Cupertino prosperasse.

No meio do caminho, veio a ajuda financeira da Microsoft que ajudou bastante, e Steve Jobs foi o responsável pelo lançamento de vários produtos que modificaram o mundo da tecnologia para sempre, como por exemplo o iMac, o iPod, o iPhone, o MacBook, o iPad e outros.

E o que Elon Musk pode oferecer para alcançar o mesmo objetivo com o Twitter? Ressuscitar o Vine? Cobrar pelas contas verificadas? Não realizar um efetivo monitoramento nos discursos de ódio e notícias falsas?

Steve Jobs demonstrou uma clara atenção ao usuário na hora de lançar produtos e soluções para a Apple depois que voltou para a empresa. Musk não parece ter a mesma visão, pois só está atendendo aos seus objetivos e perspectivas com as mudanças adotadas no Twitter até o momento.

E sem os influenciadores e os anunciantes, o Twitter vai virar uma terra arrasada. E as primeiras decisões tomadas por ele (incluindo a demissão em massa dos funcionários) está espantando os dois elementos que são responsáveis pelo sucesso e lucratividade de sua rede social.

Por fim, Elon Musk não é Steve Jobs. E isso encerra o assunto.


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@oEduardoMoreira