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“The Acolyte” já escancara o preconceito dos “fãs” de Star Wars

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E quem disse que estou aqui para agradar os wokes? Muito pelo contrário: quero eles bem longe deste blog.

Dito isso, uma horda de imbecis não gostou do trailer de “The Acolyte”, nova série ambientada no universo Star Wars que vai estrear em breve no Disney+. E o motivo (para variar) é: a frágil masculinidade de quem não suporte a diversidade.

O vídeo recebeu rapidamente 239.000 dislikes no YouTube, contra 151.000 likes. As críticas estão basicamente calcadas na inclusão de minorias, já que tem gente ignorante que não suporta a ideia de ver homossexuais em Star Wars.

 

Star Wars pedindo para ser boicotada?

Depende: de que lado você está?

Os haters afirmam que Star Wars jamais deveria parar nas mãos de profissionais que não contam com conhecimento prévio sobre a franquia, afirmando que este detalhe pode explicar a inclusão da diversidade tão indesejada por eles.

Uma das roteiristas de “The Acolyte” não conhecia o cânone de Star Wars, e a criadora da série, Leslye Headland, saiu em sua defesa, afirmando que a falta de conhecimento neste caso pode ser encarado como algo positivo, pois abre as portas para novas perspectivas e ideias para a história.

Por outro lado, “The Acolyte” também já faz barulho por aspectos mais edificantes.

Por exemplo, seu trailer já é o mais visto da franquia Star Wars na internet, com 51 milhões de visualizações em 24 horas. Isso indica um elevado interessa na série, mas pode se converter em uma possível rejeição em função desse direcionamento narrativo.

Como resultado de tudo isso, “The Acolyte” pode ser precocemente boicotada por um bando de imbecis que não admitem um mundo em transformação.

 

E agora, Disney?

Agora, a Disney tem um enorme abacaxi para descascar. Mais um (assim como tem com a Marvel Studios, e pelos mesmos motivos).

Ou a Disney abraça a sua “agenda” progressista, defendendo a inclusão, a diversidade e a representatividade em uma de suas principais propriedades intelectuais (e corre o risco de perder dinheiro com isso)…

…ou vai na contramão, e muda radicalmente a narrativa de “The Acolyte”, apenas para acalmar os adultos que se comportam como crianças mimadas, disfarçando seus preconceitos com discursos de “tradição e conhecimento histórico” em Star Wars.

O debate entre os fãs já é acalorado, e o risco de “The Acolyte” ser rejeitada pelo público tradicional da franquia é real. Por outro lado, a Disney pode diversificar a sua base de fãs, atraindo novos públicos e expandindo positivamente a visibilidade de Star Wars.

É claro que é necessário ouvir as vozes descontentes, mas sempre que as reclamações sejam pautadas em detalhes justos dos aspectos criativos e de produção, e não para manifestar o preconceito contra minorias.

Com o histórico que a Disney tem em tomar decisões precipitadas em momentos de crise, algo que custou muito caro em cenários específicos (e James Gunn manda lembranças neste momento), é importante que o estúdio respire fundo e trabalhe com racionalidade e moderação.

O tempo em que a Disney tomava decisões com base exclusivamente nas reações negativas precisa ficar para trás, e buscar o equilíbrio entre manter a essência de Star Wars e se adaptar aos novos tempos é quase uma obrigação dos seus executivos.

Se tudo der certo, “The Acolyte” estreia no Disney+ em 4 de junho.

 

P.S.: se você se irritou com este artigo, eu alcancei o meu objetivo e, sinceramente… estou defecando e me locomovendo para o que você pensa. É seu direito não gostar de um mundo com diversidade. É meu direito concluir que você não passa de um imbecil e estúpido por demonstrar tamanha ausência de pensamento. 


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@oEduardoMoreira