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The Voice Kids, e sua primeira temporada de lições no Brasil

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The Voice Brasil

A primeira temporada de The Voice Kids (Rede Globo) chegou ao fim, com Wagner Barreto como grande campeão, com 66% dos votos. O programa deixa lições para o próprio canal de TV, mas também para quem acompanha a televisão de uma forma mais fria e técnica. As lições morais, que emocionam, acho que ficaram por conta da carta que o apresentador Tiago Leifert escreveu para as crianças. Vamos falar do programa como um todo.

The Voice Kids funcionou no Brasil. Aliás, podemos dizer que funcionou tão bem quanto a versão adulta, se não for melhor. Não digo que dali vamos produzir os astros do futuro da música brasileira, mas como produto televisivo, é o programa de entretenimento perfeito das tardes de domingo.

Aliás, os realitys musicais podem sim vingar nessa janela de grade de programação. Até porque quem não gosta de música no domingo à tarde, antes do futebol? Além de preencher a grade com programação ao vivo, pode manter a audiência dita qualificada sintonizada do canal, competindo diretamente com os demais canais que oferecem programas de variedades no mesmo horário.

Sem falar que, particularmente, prefiro esse tipo de programa do que o insuportável Esquenta (ou ISSSQUENTAAAH), que não acrescenta absolutamente nada na vida do telespectador. Ao menos o The Voice Kids pode revelar talentos, que se bem orientados, podem vingar no mundo da música. Para as crianças, tudo o que aconteceu nessa primeira temporada do programa foi apenas o começo de uma longa jornada.

Além disso, foi um alívio não ter no mesmo palco Lulu Santos e Carlinhos Brown, apesar do segundo permanecer no grupo de treinadores para essa temporada infantil (tirando a paz do pobre Titi em várias oportunidades). Para contrabalancear (e colocar equilíbrio nas forças do Universo), Victor e Leo fizeram uma ótima dupla de treinadores. Sabe, são os amigos que toda criança que quer ingressar no mundo da música gostaria de ter. E a Ivetão é a Ivetão de sempre. Estava lá para agradar aqueles que não gostam de Claudia Leitte.

Ou será que depois dessa temporada as pessoas vão rever suas convicções pessoais?

Enfim, The Voice Kids foi um acerto da Rede Globo. O programa se resolveu em três meses, tal como o programado, emocionou o Brasil, ofereceu entretenimento de boa qualidade, divertiu e mostrou talentos musicais. Não podíamos esperar menos que isso, e não podemos pedir muito mais do que isso. Pode vir a segunda temporada que a gente assiste sem problemas.

O grande desafio para a Rede Globo é fazer Superstar emplacar no mesmo horário originalmente ocupado por The Voice Kids. Como agora o canal já sabe que o horário é bom para esse tipo de programa, resta saber se a sua rejeição se dá por conta do formato. Honestamente, a mecânica do programa (que tem origem israelense) nunca me atraiu muito, mas por outro lado é fato que, pelo menos logo após o fim da primeira temporada, a Banda Malta era um sucesso.

O que Superstar precisa fazer para receber a notoriedade esperada? Não sei. Mas vamos descobrir nos próximos meses se a Rede Globo encontrou a resposta para essa pergunta capciosa.


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@oEduardoMoreira