Um estudo recente revelou que, na média, perdemos entre 20% e 40% da atenção que deveríamos ter em uma atividade de trabalho, por conta de um mau desempenho, memória ruim ou baixa capacidade de leitura. Sidney D’Mello e Robert Bixler, ambos da Universidade de Notre Dame, Indiana (EUA), decidiram acabar com isso, criando um software que é capaz de saber se estamos concentrados ou não. E se não estivermos, ele nos avisa.
Para que o software funcione, uma câmera acompanha a trajetória dos olhos do usuário, sendo capaz de aprender a nossa rotina durante o trabalho, e o movimento do olhar durante uma tarefa. Em função disso, ele cria um padrão de como trabalhamos. Se fugimos desse padrão, somos alertados.
Uma notificação é enviada ao funcionário, inclusive com o conteúdo em questão marcado, para que o mesmo veja se alguma informação importante deixou de ser inserida ou realizada na tarefa em execução.
O objetivo do software é ajudar os profissionais a se distraírem menos, melhorando a produtividade. A primeira versão será disponibilizada em alguns meses, e será utilizada como testes para comprovar o seu potencial e corrigir problemas antes do seu lançamento comercial e definitivo.
Óbvio que o projeto já levanta polêmicas. Já tem quem afirma que não gosta nada da ideia de ser observado o tempo todo, e qualificam a ferramenta como “muito intrusiva”. Até porque, convenhamos: a Google já ensinou ao mundo que a ociosidade é algo muito subjetivo, e pode mudar de empresa para empresa.