O Raspberry Pi é um mini computador que permite que mentes criativas realizem verdadeiras loucuras, como por esse walkman que funciona com disquetes.
Os millennials não devem saber o que é um walkman, muito menos o que é um disquete. Mas pense em um dispositivo como um iPod, mas que toca fitas cassete em qualquer lugar. Pois bem, construíram um walkman com um computador Raspberry Pi, e o processo é relativamente simples: basta ter o micro PC, uma bateria portátil e um software de reprodução musical.
Um walkman com disquetes em pleno 2020
O mais curioso do projeto é mesmo o seu funcionamento com disquetes, ou unidades de armazenamento em formato de discos flexíveis que dominaram a informática por décadas e contam com apenas 1.4 MB de capacidade de armazenamento.
E você reclamando do seu pendrive de 8 GB… que vergonha!
Agora… como esse cara colocou um disco inteiro dos Beatles em um disquete, sendo que cada música ocupa entre 2 MB ou 3 MB?
Bruxaria do Terence Eden, responsável pelo projeto.
Como Eden construiu o walkman com disquete?
De novo, a missão parece ter sido fácil: ele usou uma Raspberry Pi3+ com dois conectores USB, uma bateria externa e um leitor de disquetes externo via USB. Cola para segurar tudo, e pronto.
Tá, ele não é compacto nem bonito (é literalmente um amontoado de gadgets com cola, no mais autêntico estilo da gambiarra), mas o que realmente importa é que ele funciona. O grande desafio aqui foi comprimir um álbum inteiro dos Beatles em 1.4 MB para colocá-lo em um disquete. E essa é, sem dúvida, a parte mais genial do projeto.
O álbum escolhido foi o A Hard Day’s Night, justamente por ser o mais curto da discografia da melhor banda de todos os tempos. Ele tem apenas 30:45 minutos de duração e, mesmo assim, foi um desafio, já que os codecs normais só permitiam colocar 3 ou 4 minutos de música em 1.4 MB.
O codec escolhido por Eden para a missão foi o Opus e, mesmo assim, ele baixou o bitrate das músicas para limites quase incompreensíveis. No final, missão cumprida: um álbum completo de músicas foi armazenado em um disquete de 3.5 polegadas.
De novo, é uma gambiarra, mas dessa vez de software: o áudio fica pior do que aquele reproduzido por um rádio do início do século passado. Mas ao menos funciona.
O projeto e alguns fragmentos das músicas podem ser conferidos no blog do Terence Eden. E parabéns para ele, que teve uma enorme persistência para realizar tal façanha.
Via Tom’s Hardware