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Você quer carregar o seu smartphone em apenas cinco minutos?

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Quem sou eu para não querer uma inovação tecnológica. Principalmente quando essa inovação afeta no tempo em que vamos perder na vida esperando a bateria do smartphone completar a recarga.

Pensar que não vamos mais perder tanto tempo assim esperando o dispositivo recuperar energia parece ser algo ótimo, especialmente quando os fabricantes não criaram meios eficientes para aumentar a autonomia de uso do dispositivo sem passar por integrar uma powerbank no telefone.

Agora, o que a Xiaomi apresentou recentemente como protótipo de produto é algo que chega a assustar até mesmo os menos céticos como eu: recarregar a bateria de um smartphone de 0% a 100% em apenas cinco minutos.

Será que isso pode dar certo?

 

Leva menos tempo que preparar um miojo por completo

Antes de continuar, quero lembrar ao amigo que está consumindo esse conteúdo que o meu comparativo está correto.

Uma coisa é você COZINHAR o miojo em apenas três minutos. A outra, bem diferente, é deixar o macarrão instantâneo pronto para o consumo, uma vez que você precisa esperar a água esquentar, colocar o produto para cozinhar, abrir o pacote do tempero cancerígeno, despejar aquele pó da morte no alimento e misturar tudo enquanto faz uma oração para não morrer.

Dito isso, a Xiaomi apresentou uma versão modificada do Redmi Note 12 Discovery Edition, um smartphone que é compatível com um carregador com potência máxima de nada menos que 300W.

Como o dispositivo em si tem uma bateria de 4.100 mAh, foi possível carregar o módulo por completo em apenas cinco minutos. Os testes foram realizados em um ambiente controlado, pois tudo indica que alguém na Xiaomi estava morrendo de medo que o telefone explodisse com a brincadeira.

É bem fácil de entender o que aconteceu aqui: em apenas dois minutos e 11 segundos, o smartphone alcançou a marca de 50% de recarga. E os 100% de autonomia foram entregues com 4 minutos e 54 segundos.

De forma até prudente, o carregador de 300W nunca atinge essa marca, entregando energia a 290W no máximo. Além disso, quando a carga se aproxima dos 80%, a potência diminui para 5W, até que o telefone fique completamente carregado.

 

Se eu estou com medo? Eu quero é que chegue logo!

De novo: no meu mundo perfeito, os smartphones contariam com uma bateria que aguentasse pelo menos três dias de uso longe da tomada, com carregadores que entregavam a energia em uma velocidade minimamente normal para não degradar com a vida útil do hardware.

Mas a prova de que eu não vivo em um mundo perfeito é que eu estou compartilhando a minha opinião que ninguém pediu, e os carregadores de smartphones vão ficando mais e mais velozes.

Se por um lado podemos recuperar a energia da bateria do telefone rapidamente para voltar a utilizar o dispositivo sem muito tempo de espera, por outro lado, a vida útil do dispositivo vai se degradando como um todo.

E aqui, eu não estou falando apenas da bateria do telefone, que é a principal impactada pela maior quantidade de energia e pelo eventual estresse que reduz a vida útil desse componente. Falo também dos demais elementos das especificações de hardware, que naturalmente precisam suportar essa quantidade enorme de watts.

Posso até estar enganado. Quem sabe os fabricantes de smartphones encontraram maneiras eficientes e inteligentes para contornar a sobrecarga de energia que o telefone vai receber. Mas até o momento presente, nenhuma solução que contorne essas questões foi apresentada.

De qualquer forma, se não posso ter um smartphone que entrega a autonomia de bateria que eu mereço, que ao menos esse dispositivo gaste o menor tempo possível para ficar pronto para mais uma jornada de trabalho.

E eu não vejo muitos problemas em carregar o meu telefone enquanto eu como a sobremesa.


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@oEduardoMoreira