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Xiaomi não tem motivos para baratear seus smartphones premium. Pelo contrário…

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Para quem está esperando que a Xiaomi reduza os preços dos seus smartphones top de linha ou premium, é melhor esperar deitado para isso acontecer. Pois se esperar sentado, a sua bunda vai sentir muitas dores.

Os resultados financeiros da Xiaomi deixam claro que a empresa precisa e até deve seguir vendendo telefones premium bem caros. As suas receitas líquidas caíram em 9,7% de um modo geral, mas sua posição como terceira maior fabricante global de smartphones está mais que consolidada.

Ou  seja, para a Xiaomi, é melhor perder menos e seguir firme no pódio entre os fabricantes do que vender muito com telefones muito baratos ter prejuízos ainda maiores e não conseguir sequer uma notinha em um blog xexelento como esse.

 

Xiaomi quer ordenhar ao máximo a vaca dos smartphones premium

O pódio global entre os fabricantes de smartphones é composto por Samsung (21,5%), Apple (17,8%) e Xiaomi (13,6%). E esse cenário faz com que a protagonista deste artigo mantenha a sua filosofia atual: “Continuamos a executar a nossa estratégia de “premiumização” dos smartphones”.

Ou seja, para a Xiaomi, está funcionando muito bem a estratégia de venda de smartphones premium que são caros e, em alguns casos, inacessíveis para nós, brasileiros. E nem é tanto por causa dos valores (que ainda são menos caros que telefones caríssimos da Samsung e da Apple), mas pelo simples fato da empresa não vender oficialmente esses dispositivos por aqui.

Considerando o ticket médio dos produtos comercializados nos principais mercados internacionais, a Xiaomi está apostando em telefones com preços de aproximadamente 400 euros, que contam com especificações premium e, ainda assim, custam a metade do preço de produtos premium dos seus principais concorrentes.

Além dos smartphones premium, a Xiaomi está indo muito bem na sua tentativa de construção de ecossistema de produtos, pois as vendas de dispositivos conectados da empresa aumentaram em 40%, o que compensou a queda de lucros líquidos de smartphones no último ano.

E toda essa conversa bem chata até agora significa que, mais uma vez, eu acertei algo que previ meses antes. Na verdade, eu disse que isso estava mais do que claro para qualquer um que olhava com atenção para os movimentos da Xiaomi no mercado de smartphones.

 

Aquela Xiaomi com smartphones absurdamente baratos morreu de vez

Eu sei que isso é triste para os fãs de carteirinha da Xiaomi, que passaram anos e anos tirando sarro dos Apple Fanboys dizendo que a marca de telefones incríveis e muito baratos sempre colocava os telefones da frutinha pra mamar.

Porém, eu vinha antecipando essa nova fase da Xiaomi em meus blogs há muito tempo. Os telefones da marca (e de suas marcas irmãs Redmi e POCO) estavam ficando cada vez mais caros, se aproximando progressivamente do cenário que temos hoje.

E considerando a realidade de mercado do momento, não podemos nos esquecer que um telefone premium no valor de 400 euros não deixa de ser um bom negócio. E o grande problema aqui não é o preço mais elevado que a Xiaomi estabeleceu. É o Real que não vale grande coisa nesse momento, e tudo acaba ficando mais caro para nós.

Mesmo não sendo mais os dispositivos baratíssimos do passado, a Xiaomi ainda entrega uma excelente relação custo-benefício para aqueles usuários que contam com condições financeiras para pagar os preços estabelecidos por esses produtos.

E quando colocamos os telefones da Xiaomi do lado dos produtos premium da Samsung e da Apple, entendemos que os preços da marca chinesa ainda são competitivos, o que justifica a decisão de cobrar mais caro e, por tabela, obter maiores margens de lucro.

Ou seja, está tudo certo, considerando a nossa realidade de momento. E os fãs da Xiaomi que aprendam a lidar com isso.


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@oEduardoMoreira