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A Andretti faria mais que a Alpine na Fórmula 1 nesse momento

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Chega a ser algo vergonhoso. Mas estou aqui para esfregar vergonhas na cara de todo mundo, e não necessariamente estou falando das minhas partes íntimas na sua face.

A Fórmula 1, considerada “a meca do automobilismo”, tem que lidar com a “torta de climão maneiro” que é a barra de vida em recusar a Andretti como 11ª equipe no grid, algo que está deixando muitos fãs da categoria um tanto quanto irritados.

De um lado, a tradição e o poder das equipes existentes, que relutam em dividir a receita com mais um competidor. Do outro, a ambição e o potencial de uma equipe americana com história lendária no automobilismo, liderada por Michael Andretti, um nome que consegue transformar em sucesso (quase) tudo o que toca.

 

Chamar a Andretti de amadora é ignorância

A Andretti não é uma mera aventureira no mundo do automobilismo, e quando a Fórmula 1 dá a entender isso, está se passando por ridícula.

A história da família Andretti no automobilismo é lendária. Mario Andretti, pai de Michael, foi campeão mundial em 1978. Michael também possui uma trajetória de sucesso, com vitórias e títulos na IndyCar.

Sua gestão na Andretti Autosport é considerada exemplar, com infraestrutura moderna e eficiente, e visão de negócios muito sólida.

Essa mesma estrutura comandada por Michael Andretti possui equipes na Fórmula Indy, WEC e Fórmula E, entre outras categorias. E sempre andando na frente, conquistando campeonatos e vitórias em provas emblemáticas, como é o caso das 500 Milhas de Indianápolis.

A equipe tem o apoio da FIA, entidade máxima do automobilismo mundial, e apresentou um plano sólido com infraestrutura moderna e robusta. A proposta inclui a utilização de motores Cadillac a partir de 2028, o que traria novos investimentos e patrocinadores para a categoria.

E como última iniciativa, a Andretti inaugurou sua fábrica própria em Silverstone (Inglaterra), local onde Fórmula 1 nasceu. É como dar um tapa na cara das demais 10 equipes, mostrando que está pronta para chegar e vencer na categoria.

Enquanto isso…

 

A Alpine é hoje uma “não equipe”

Enquanto a Andretti luta por um lugar na F1, a Alpine, equipe francesa com tradição na categoria, decepciona em 2024.

O carro da equipe foi considerado inferior a um GP2, evidenciando a falta de competitividade e gerando rumores de venda. Na verdade, a Alpine hoje tem um trator agrícola quando comparado com os carros das outras 9 equipes.

A presença da Alpine no grid é altamente questionada, enquanto a Andretti, mesmo sem estrutura completa, demonstra potencial para oferecer um desempenho superior neste exato momento.

 

O fã de Fórmula 1 quer a Andretti no grid

A recusa da F1 em aceitar a Andretti gera críticas e irritação entre o público. A falta de competitividade de algumas equipes, como a Alpine e a Haas, torna questionável o argumento de que a Andretti não seria competitiva.

Na verdade, não só questionável como patético. Eu mesmo penso que o tal “clubinho dos dez” já está passando vergonha, e vai chegar um momento em que a recusa à Andretti será algo insustentável.

O eurocentrismo também é apontado como um fator na decisão, já que a Haas, equipe americana de desempenho inferior, permanece na categoria, mas tem boa parte de suas bases estruturais e financeiras dependendo da Europa.

A entrada da Andretti na F1 traria novos ares para a categoria e, por tabela, muito dinheiro. Mas parece que o “clubinho dos dez” não entende o conceito do “dividir para conquistar”.

A equipe americana poderia atrair novos fãs, especialmente dos Estados Unidos, um mercado muito importante para a Liberty Media e para a Fórmula 1 como um todo. A presença de Andretti também poderia estimular a competitividade no grid, algo que a categoria precisa para se manter atraente para o público.

A batalha entre Andretti e Fórmula 1 está longe de terminar. No duelo entre tradição e dinheiro, o segundo tende a superar o primeiro. E algo me diz que dinheiro não é problema para Michael Andretti.

Já para as demais 10 equipes que faturam milhões de euros todos os anos ao dividir lucros obscenos gerados por um campeonato que, neste momento, tem campeão claro e corridas modorrentas, a sanha pelo dinheiro impede de enxergar o óbvio.

Se você colocar a Andretti na categoria, o bolo vai aumentar de forma substancial. Mas primeiro, é preciso ceder parte da divisão para que todos ganhem um pouco a mais com o passar do tempo.

Estou do lado da Andretti nessa. Se a Alpine sair amanhã para que a equipe de Michael Andretti entre no grid, a Fórmula 1 como espetáculo certamente ganharia muito com a troca.

Mas como ninguém me ouve… ficamos nessa.


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@oEduardoMoreira