As cadeias de fast food, em sua busca incessante por atrair a atenção do público e se adaptar aos gostos locais, frequentemente lançam produtos incomuns (para não dizer bizarros) em diferentes partes do mundo. E o objeto de estudo deste artigo nem chega a ser uma grande aberração, mas chama a atenção por ser inusitado em vários níveis
Um exemplo recente é o Burger King, que surpreendeu os consumidores tailandeses com uma criação peculiar: o “Real Cheeseburger”, que é um lanche de queijo de verdade, sem a carne para acompanhar (ou melhor, atrapalhar).
Será que a adição exagerada de queijo nessa nova oferta realmente agradou aos paladares? Ou só os intolerantes à lactose ficarão longe da iguaria?
A partir de agora, mais teorias do que respostas.
A adaptação os gostos locais
Há cinco décadas, as cadeias de fast food, em sua maioria originárias dos Estados Unidos, têm se espalhado por todo o globo. E em cada região do mundo possui suas próprias demandas locais e peculiaridades dietéticas.
Para atender a essas necessidades, as cadeias de fast food adaptam seus menus, oferecendo opções específicas para cada cultura. E isso é algo absolutamente normal.
Por exemplo, o McDonald’s do Brasil tem lanches que só são encontrados aqui, tal e como acontece com outros mercados globais. Se bem que o fast food do palhaço é mais comedido na hora de criar versões alternativas dos seus lanches.
Já o Burger King sempre foi conhecido por sua abordagem irreverente e sua estratégia de lançar produtos originais e alocados para chamar a atenção, principalmente nas redes sociais. A franquia tem se destacado por seus lançamentos em diferentes países, visando atender aos gostos locais.
Até que chegamos no “Real Cheeseburger”, que faz todo mundo repensar a vida.
A história do “Real Cheeseburger” na Tailândia
Na Tailândia, o queijo é especialmente popular entre os jovens. E aproveitando essa preferência, o Burger King lançou o “Real Cheeseburger”, um “hambúrguer” (ou melhor, lanche) composto apenas por 20 fatias de queijo, sem carne ou condimentos.
A proposta é ousada e certamente chamou a atenção dos consumidores tailandeses. E dos nutricionistas (assim espero), que muito provavelmente vão alertar para os perigos em consumir tal iguaria.
O novo lanche do Burger King gerou reações mistas no país. Enquanto muitos correram para experimentar a nova criação e compartilharam fotos nas redes sociais, com destaque especial para o seu apelo visual, outros consideraram o exagero de queijo um ponto negativo.
A quantidade abundante de queijo tornou a experiência de consumir o “Real Cheeseburger” um desafio para alguns, e um obstáculo por aqueles que tem bom senso.
A busca pela harmonia gastronômica
A ideia de que a comida deve ter uma harmonia entre seus elementos é um princípio amplamente aceito por qualquer pessoa que tem um paladar minimamente respeitável. Aliás, até mesmo o contraste de sabores deve ser considerado na melhor experiência gastronômica.
Muitos consumidores do Burger King destacaram que, embora gostem de queijo, a quantidade excessiva no “Real Cheeseburger” tornou difícil apreciar o lanche em sua totalidade.
Também, pudera: estamos falando de pão com queijo, onde o pão é o alimento que menos tem sabor nesse conjunto. Mas… tudo leva a crer que aquilo que o Burger King mais queria foi alcançado: um post no meu blog, e toda a atenção da mídia.
A estratégia de viralização nas redes sociais
Não podemos negar que o Burger King alcançou seu objetivo de chamar a atenção e gerar viralidade nas redes sociais com o “Real Cheeseburger”.
A promoção limitada atraiu milhares de residentes e turistas, que não apenas experimentaram o hambúrguer, mas também compartilharam fotos em seus perfis nas redes sociais, alimentando ainda mais a popularidade do produto.
Essa não é a primeira vez que o Burger King realiza experimentos locais em diferentes países. Japão e Taiwan, por exemplo, foram palco de criações ainda mais bizarras, como o sundae de coentro e o Whopper de chocolate.
Embora alguns desses lançamentos tenham sido bem-sucedidos e atendido aos desejos dos clientes, outros foram considerados combinações pouco convencionais e menos apreciadas.
Ou melhor: criações simplesmente intragáveis. E não adianta vir aqui neste post reclamar de algo que eu disse e você não gostou, Burger King. Eu ainda serei consumidor dos seus lanches, mas apenas daqueles que mereçam o meu dinheiro, ou que não levem o meu estômago a me processar por danos físicos e morais.