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A questão é: um smartphone de US$ 50… vai prestar?

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Dennis Woodside, CEO da Motorola, declarou que sua empresa está planejando um smartphone “decente” por US$ 50. Eu quero frisar mais a palavra “decente” do que os US$ 50 que são sugeridos. Sim, pois smartphones com valores considerados competitivos podem ser encontrados em grandes e-commerces ou em mercados alternativos. O grande problema é que a esmagadora maioria deles simplesmente não prestam.

Não vou negar que me anima a ideia de ter smartphones bons e baratos no mercado. Acho fundamental uma democratização da tecnologia e do segmento mobile, que é o que mais se destaca hoje. Porém, me preocupa como os fabricantes pretendem fazer isso. Ao meu ver, as experiências anteriores foram (quase) todas desastrosas, com produtos com problemas sérios de desempenho, hardware de baixa qualidade, e um resultado final que justifica a frase “o barato sai caro”.

Uma das raras exceções do “bom e barato” no mundo mobile (na minha opinião) foi o Motorola RAZR D1, e mesmo assim, alguns usuários reclamam de problemas pontuais no aparelho (conectividade, recarga de bateria, etc). O Motorola Moto G é, ao meu ver, a melhor relação custo/benefício entre os smartphones Android de linha média, e pode ser um preview do que a Motorola promete.

Mas entendo que vai valer a pena somente se a proposta do Moto G for repetida. Ou seja, um hardware interessante, que garanta uma experiência de uso prazerosa, e por um preço competitivo. Mesmo que não seja por US$ 50. Que seja por US$ 100, desbloqueado.

Nesse cenário, teríamos um produto com preço muito competitivo (pois lá fora – por exemplo – criaria uma competição com o iPhone mais barato, sem a necessidade de assinar um plano de dados de dois anos com operadoras), e que efetivamente poderia inserir o usuário de entrada (ou de baixo custo) no mundo dos smartphones. De forma decente. Com dignidade. Sem fazer com que o mesmo passe raiva com isso.

A Motorola não é a única que se esforça em cumprir essa proposta do “bom e barato”. De certo modo, LG e Sony também buscam tais soluções. A Sony um pouco menos, pois não é o perfil da empresa. Mas a LG em 2013 já apresentou modelos de baixo custo com um desempenho minimamente elogiado por alguns usuários e especialistas de tecnologia.

Fora eles, alguns fabricantes menores oferecem os seus smartphones de baixo custo. O problema é alcançar um desempenho digno de dizer “finalmente, os usuários de baixo custo podem dizer que contam com um ‘telefone inteligente’ no bolso, e não um telefone que tenta fazer isso, sem sucesso”.

Desde já, torço para que a Motorola obtenha êxito nessa empreitada, e que outros fabricantes de tecnologia móvel acompanhem a sua iniciativa. Quanto mais produtos bons, eficientes e baratos, melhor. Desde que sejam efetivamente bons e baratos. Nada de engodos pra cima da gente, ok?

Para ler mais sobre o assunto, clique aqui.


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@oEduardoMoreira