A plataforma de áudio Clubhouse foi lançada em 2021, no meio de uma grande crise sanitária global, e rapidamente ganhou popularidade entre os usuários de iPhone.
O acesso era limitado e apenas com convite, o que contribuiu para o seu sucesso inicial. Personalidades públicas participaram de conversas na plataforma, o que ajudou a aumentar a sua relevância.
Mas o tempo passou, e plataforma perdeu relevância social quando abriu o acesso a todos os usuários e lançou a versão para Android. O declínio foi rápido e, em 2023, a Clubhouse teve que demitir metade de sua equipe de trabalhadores.
A plataforma passou a ser vista como uma bolha do momento que não conseguiu manter a sua relevância. E agora, luta para sobreviver quando praticamente ninguém está falando dela.
Clubhouse demorou demais para oferecer novidades
Para tentar se reinventar, a Clubhouse lançou a nova função de grupos. A ideia é permitir que pessoas que se conhecem compartilhem mensagens de texto, imagens e gravações.
O problema é que essa mudança não oferece nada novo aos usuários, e é improvável que ajude a plataforma a crescer novamente. Sem falar que é o tipo de novidade que chega tarde demais ou fora do seu timing correto, já que a Clubhouse é, nesse momento, uma completa “esquecida no churrasco” das redes sociais.
A falta de inovação pode ser um dos principais motivos para o declínio da Clubhouse. Outras plataformas de mensagens instantâneas e redes sociais já oferecem funções similares há anos. Sem falar que qualquer serviço desse tipo tenta oferecer novidades constantes para os seus usuários, e a plataforma de áudio que apareceu como um refúgio dos confinados de todo o mundo não mudou muito desde o seu lançamento.
Além disso, a concorrência é grande e muitos usuários já estão satisfeitos com as opções que têm disponíveis, o que deixa muito difícil a missão de qualquer novo serviço que aparecer a partir de agora.
Não podemos culpá-la por tentar
Ainda assim, a Clubhouse parece estar determinada a tentar recuperar a relevância perdida.
A plataforma está apostando na nova função de grupos como forma de trazer novos usuários e aumentar o engajamento dos atuais, o que pode ser insuficiente para evitar tirar a rede social do buraco.
Eu nem precisava dizer isso (mas sou obrigado para ter o número mínimo de palavras para o Google indexar direito o artigo), mas é importante lembrar que a inovação é fundamental para o sucesso em um mercado tão competitivo como o das redes sociais.
E os responsáveis pela Clubhouse deixaram claro que ou não entenderam esse conceito da inovação, ou ignoraram por completo a importância disso para sobreviver em um segmento de tecnologia competitivo e absurdamente hypeado.
Por fim, é de entendimento comum que a Clubhouse foi uma plataforma promissora que não conseguiu manter a sua relevância social por não entender que precisava sempre se renovar para se manter relevante. O lançamento da nova função de grupos até pode ajudar a trazer novos usuários, mas é improvável que seja suficiente para recuperar o sucesso inicial que a iniciativa alcançou.
Neste aspecto, gostemos ou não, até o Elon Musk entende que a reinvenção de um serviço é algo muito importante para manter uma rede social em evidência. Só me pergunto se vale a pena rebatizar o Twitter para isso.
Twitter… jamais esqueceremos de você, passarinho azul…
Saudades…