São 2h40 da manhã de 18 de julho de 2023, e estou diante de mais um gatilho criativo.
Na verdade, é um misto de pensamentos e sentimentos. A criatividade converge com a ansiedade e o medo de arriscar mais uma vez e não alcançar um objetivo. Mas, dessa vez, esse milk-shake de sensações resultou em uma decisão muito importante.
Na verdade, algo que eu pensava em fazer há muito tempo, mas não tinha a coragem necessária para assumir essa escolha para mim mesmo.
Mas… vai ser melhor para mim… pois não quero mais produzir conteúdo em escala industrial.
Sim, estou tão cansado…
Estou aproveitando esse momento de férias da minha vida polêmica em Florianópolis para buscar um pouco de paz e tranquilidade aqui no interior de São Paulo, na cidade onde nasci: Araçatuba. E a existência desse conteúdo em si é a prova cabal de que estou falhando miseravelmente nessa missão.
Tudo bem, não vou me cobrar tanto. Vou atribuir ao cansaço da viagem que não se transformou em sono, ou talvez as contas a pagar, às pessoas que vou encontrar, aos compromissos que tenho com meus familiares… ou ao lanche cheio de maionese caseira que comi no jantar hoje.
Fato é que estou inventando mais desculpas para não admitir para mim mesmo que estou cansado de produzir conteúdo para a internet de uma forma que não me traz o genuíno prazer do que estou fazendo. E só percebi isso nesse momento de pausa criativa, quando pude analisar o que fiz e funcionou. Os conteúdos que me proporcionaram um sorriso aberto e aquele calor na alma que chamarei de “orgulho próprio”.
Sei que posso me comunicar com as pessoas de forma mais eficiente e menos pragmática. Afinal, essa quantidade de vídeos e posts nos blogs não está me levando a lugar nenhum.
Não vou falar de culpa… nem de arrependimento…
Não me arrependo de ter gravado tantos vídeos antecipadamente, acreditando que poderia tirar um tempo para mim ou aproveitar melhor os finais de semana. Na prática, estava me enganando, pois, nas minhas férias, estou produzindo conteúdo para meus blogs e canais de vídeos.
Esse é o mal de ser um workaholic, alguém mais preocupado em não ter a sensação de procrastinação do que realmente tirar um tempo para descansar a mente e o corpo. E depois ainda me espanto porque estou engordando, porque as rugas e olheiras apareceram, ou porque a barba está ficando branca antes dos 45 anos.
Não me arrependo de nada do que faço na vida, mas começo a me arrepender de produzir um conteúdo que não alcança a qualidade esperada, muito menos a satisfação de ver esse conteúdo chegar até você da melhor forma possível. Gostaria de ser mais casual e leve para quem está me assistindo, mas me tornei um leitor pragmático de textos no YouTube.
Estou perdendo a capacidade de interpretar humor e ironia. Estou me tornando chato, cheio de bloqueios criativos.
E sei que só depende de mim sair desse lugar onde me coloquei. Abandonar essa prisão que está me matando aos poucos nos aspectos criativos.
Sim, soou dramático e cafona. Talvez fosse isso mesmo que eu queria.
Menos é mais (como diz o ditado)
Não quero dizer que vou me aposentar ou começar a ouvir músicas do The Weeknd e lamentar pelo resto da vida. Não estou pensando no pior. Quero reagir, mudar o panorama e, com alguma sorte, conquistar o mundo.
Começando pela conquista da sua atenção.
Se você chegou até aqui, sinal de que estou indo bem na minha nova iniciativa. E se você não conseguiu avançar no texto e ficou com pressa para ver o que eu iria dizer antecipadamente, azar o seu. Perdeu belas palavras que poderiam tornar seu dia algo bem mais interessante do que buscar rumores sobre as possíveis especificações técnicas de um hipotético iPhone 15 que você não compraria, pois é tão pobre quanto eu.
Ah, sim… esqueci de dizer que, de tempos em tempos, uso piadas autodepreciativas como mecanismo de defesa em um mundo que tenta me destruir ocasionalmente. E, consequentemente, acabo provocando e até atacando as pessoas que estão ao meu lado.
Isso é algo que tento corrigir em mim. E peço desculpas antecipadamente, pois vai acontecer de tempos em tempos.
Ou talvez eu não peça desculpas mesmo, dependendo de quem você é. Principalmente se você recentemente tentou distorcer minhas palavras porque morre de medo de mim e quer me ver longe.
Sim… é de você mesmo que estou falando… saiba que vou devorar você com farinha na primeira oportunidade!
Não sou escravo da internet
Quero fazer meu conteúdo valer a pena. Quero ser criativo, casual, provocador. Mas também quero entregar qualidade.
Para isso, preciso diminuir a quantidade. Tornar meus artigos mais densos, longos e abordar temas sobre os quais a maioria dos produtores de conteúdo não fala. Deixar o hype de lado e assumir meu lado underdog para alcançar as pessoas com as mensagens que quero transmitir.
É claro que discutirei temas atuais, principalmente no TargetHD.net. Mas vou focar mais na opinião embasada com informações e menos na produção de conteúdo em massa. Isso não está funcionando mais, e só está me trazendo cansaço, estresse, úlcera nervosa e menos tempo para fazer sexo.
Isso mesmo. Sexo. Uma das palavras que fazem o YouTube diminuir o alcance de qualquer vídeo e que deixam as senhoras conservadoras horrorizadas… porque não praticam muito com os maridos.
Coisa de velha recalcada, sabe?
Enfim, espero que essa nova fase de artigos com mais de 1000 palavras dê certo. Porque, se não der, prometo para mim mesmo que encerrarei as atividades deste blog e irei vender miçangas na Praia da Solidão. Ou me prostituir para as tais velhas
recalcadas lá em Jurerê Internacional, onde o dinheiro rola solto aqui em Floripa.
O que acontecer primeiro. O que for melhor.
Boa sorte para mim a partir de agora.