Os usuários do iPhone são convictos no entendimento estabelecido em que comprar um telefone Android tem o mesmo efeito prático de jogar dinheiro na lata do lixo. Porém, não podemos nos deixar levar pelo calor da emoção dos fanboys.
É sempre melhor observar os dados de um estudo científico que pode confirmar ou desmentir essa ideia. E em termos práticos, a compra de um smartphone Android pode sim ser muito ruim, desde que o cliente escolha o produto em condições bem específicas.
Como eu gosto de alertar os usuários sobre eventuais riscos de prejuízos financeiros, estou aqui para explicar quais são as condições onde a compra de um smartphone Android pode representar uma escolha ruim para o cliente.
É um péssimo investimento para quem pensa na revenda
Existem ótimos smartphones Android, principalmente para aqueles usuários que pensam em extrair o máximo de potencial no dispositivo e desejam ter um bom telefone funcionando nas melhores condições por muitos anos.
Porém, é fato mais do que consumado que o iPhone possui um maior valor de revenda, já que só a Apple produz esse telefone. No Android, a concorrência é enorme, e a obsolescência programada também. E esses dois fatores podem acabar com o valor de revenda de qualquer dispositivo.
Ou seja, se você pagou caro por um telefone Android e acreditou que pode receber um bom dinheiro na revenda, sinto em dizer, mas você certamente jogou dinheiro fora, já que dificilmente você recuperar sequer 50% do valor pago por ele na hora de vender o dispositivo para outra pessoa.
Um estudo realizado pela Sellcell mostra de forma clara que comprar um smartphone Android não é a melhor ideia se você quer vender o seu dispositivo usado no futuro, pois o mercado de segunda mão tende a ser cruel com esses dispositivos. Em alguns casos, os telefones com o sistema operacional do Google chegam a perder até 90% de valor de mercado.
Essa desvalorização agressiva não acontece com o iPhone, que tende a preservar o seu valor com o passar do tempo. E todo mundo que já teve que passar pela situação de vender um telefone da Apple em algum momento da vida sabe isso, pois os telefones da marca se desvalorizam em uma velocidade muito mais lenta.
Por exemplo, o iPhone 13 Pro Max tende a perder menos da metade do seu valor de mercado, ficando em uma casa de 44,6%, mesmo depois de um ano e meio de mercado. Já o iPhone 14 Pro Max perdeu apenas 27% do seu valor desde o seu lançamento, em setembro de 2022.
Na média, um iPhone com mais de dois anos de uso perde aproximadamente 69% do seu valor de mercado, o que é pouco comparado com os quase 90% de desvalorização média aplicada aos telefones Android.
Isso fica claro nos telefones da Samsung, que chegam ao mercado com preços acima do que realmente podem custar, mas que depois recebem descontos que colocam os modelos mais próximos de suas respectivas realidades. E os mais empolgados que paguem o preço por querer antes um lançamento dos sul-coreanos.
E o processo de revenda dos telefones da Samsung não é menos complexo do que de outras marcas. Nos telefones da Motorola e da Xiaomi, a desvalorização é ainda maior e em um prazo muito mais curto.
Conclusão
Se você vai comprar um smartphone e pensa em revender o dispositivo depois de um determinado tempo, considere a sério a possibilidade de comprar um iPhone para não perder tanto na revenda do produto. Neste aspecto, os telefones da Apple são incomparáveis.
Esse não é o primeiro estudo que mostra de forma clara essas diferenças entre Android e iPhone, e não será o último. A tendência se confirma quando olhamos para as plataformas de revenda online, onde os telefones da Apple são muito valorizados entre os dispositivos de segunda mão, tanto pelos vendedores como pelos compradores.
Os telefones Android top de linha ou premium ainda conseguem se manter com preços razoáveis na revenda. Mas os telefones intermediários ou de entrada se desvalorizam de forma agressiva.
E é importante ter tudo isso em mente antes de realizar o investimento em um novo telefone, até mesmo para não ter surpresas desagradáveis no futuro.