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Foi banido de WoW porque ajudou outros jogadores sem cobrar nada por isso

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Eu não sou um jogador de World of Warcraft, mas sei que ele é muito popular. Sua comunidade de jogadores é enorme. Ou pelo menos eu espero que seja, já que estou escrevendo este artigo baseado na suposta popularidade do game.

O mundo normal pede que o coletivo seja colaborativo nos mais diferentes cenários, onde aquele ser mais habilidoso oferece soluções para quem está em dificuldades, ou para aqueles que não conseguem solucionar problemas com maior facilidade. E no mundo dos videogames, é comum o compartilhamento de dicas.

Mas… e se eu disser que, em World of Warcraft, ajudar outros jogadores de graça pode resultar em um banimento do jogo? Você entenderia que essa punição é justa? Ou é mais uma decisão de um algoritmo imbecil?

 

Banido porque ajudou os outros

O protagonista deste artigo é o gamer Critzler, que oferecia conteúdo em forma de ajuda para outros jogadores completarem missões em dificuldades elevadas no World of Warcraft sem cobrar nada por isso.

A comunidade especula que ele foi banido por prejudicar os serviços pagos de outros jogadores. O que é um absurdo: se realmente for isso, fica a ideia de que WoW promove uma segregação econômica sem precedentes no mundo dos videogames.

Critzler acredita que foi vítima de denúncias em massa por parte de jogadores que cobram por serviços semelhantes na comunidade. E não é difícil chegar nessa conclusão, considerando o impacto que a sua atividade estava causando no coletivo de jogadores do game.

E aqui, podemos dizer que nosso protagonista foi vítima de mais um sistema burro de moderação de comentários em uma plataforma, que não conta com um ser humano para analisar o contexto das reclamações.

 

As falhas na moderação de World of Warcraft

O sistema de moderação automatizada do WoW pune jogadores com base no número de denúncias, sem verificar a veracidade das acusações.

O resultado desse sistema (que passa longe de ter uma intervenção humana) é a punição para jogadores inocentes, beneficiando aqueles que se organizam para denunciar seus rivais.

No caso do nosso amigo Critzler, ele nem estava fazendo algo ilegal. Ele só estava compartilhando conhecimento de graça, algo que certamente revoltou quem cobra para fazer exatamente a mesma coisa.

E nem sei se pode ser aplicado neste caso a alegação de infração de direitos autorais (exceto se Critzler estivesse copiando o conteúdo de outros produtores, o que não fica claro), já que não existe a patente do conhecimento.

Uma solução descoberta por você pode ser encontrada por milhões de outras pessoas ao redor do mundo. E eu estou dizendo o óbvio.

 

Reincidência de problemas na comunidade

 

Como cereja do bolo, a Blizzard ignora as reclamações de jogadores banidos injustamente, enviando respostas automáticas que não resolvem o problema.

Dá a impressão de que a empresa está comandada por bots de respostas automáticas, ou por uma Inteligência Artificial que trabalha na base da burrice natural (e eu vou defender essa piada até o fim).

Vários exemplos mostram que a Blizzard “dá de ombros” para esse sistema de moderação, oferecendo problemas diversos para jogadores que só querem construir uma vida ativa em WoW.

Por exemplo, um artesão que vendeu um item valioso por um preço baixo também foi banido por causa de denúncias em massa de outros usuários que não se conformaram em não conseguir comprar aquele item.

Eu nem precisava dizer isso, mas… a Blizzard precisa revisar seu sistema de moderação com urgência, para evitar injustiças e proteger jogadores que contribuem para a comunidade.

Ou até mesmo para evitar os possíveis processos que ela vai começar a receber em um futuro não muito distante.

É evidente que o sistema de moderação automática da Blizzard não funciona, e que precisa de revisão humana com urgência. Caso contrário, World of Warcraft vai virar um antro de delinquentes cibernéticos, que vão acabar com a experiência do jogo apenas pelo prazer de banirem jogadores honestos.

E nenhuma plataforma quer receber o título de “XWitter dos videogames” (e eu sei que você entendeu a referência).


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@oEduardoMoreira