Se o DOS ganhou uma nova vida via FreeDOS (que recebeu uma atualização em 2021, depois de seis longos anos de abandono e esquecimento), por que não o sempre glorificado BASIC?
Você pode não saber disso, porque passa o dia inteiro no TikTok, mas o cenário de programação em 8 bits está mais vivo do que nunca. Vários concursos de programação estão acontecendo ao redor do mundo, o que resultou no surgimento de novos jogos para computadores e videogames dos anos 80.
Ah, a nostalgia que tanto amamos…
Enfim, no meio de remakes e melhorias nos jogos clássicos, encontramos esse game, o Loxley. E vamos falar dele neste post.
Nada mais é do que o Robin Hood em BASIC
Loxley é mais uma demonstração clara que a criatividade dos novos programadores não tem limites, entregando resultados simplesmente surpreendentes. E não estamos falando de jogos com gráficos realistas. São pequenos games que reproduzem perfeitamente a mecânica dos jogos de 8 bits do passado.
O que torna Loxley diferente dos demais projetos é que ele foi desenvolvido em BASIC puro, ou seja, sem a ajuda de rotinas típicas de emuladores, com exceção daquelas que estão presentes na própria ROM do ZX Spectrum, equipamento compatível com esse programa.
Vou traduzir a linguagem alienígena do parágrafo anterior: é algo bem difícil de ser feito.
Loxley é um jogo desenvolvido pela World XXI Soft, e é um jogo bem completo, considerando o fato de ser integralmente feito em BASIC (8 bits). Ele conta com textos e ilustrações inspirados no filme ‘Robin Hood: Príncipe dos Ladrões’, protagonizado por Kevin Costner, que já recebeu um jogo para NES e Game Boy no passado, mas em uma proposta completamente diferente.
O que torna Loxley diferente dos demais é aproveitar todas as possibilidades dos 128k do Spectrum, oferecendo diferentes cenários que permitem ao jogador em trafegar por um mapa elaborado.
O jogo vai além, oferecendo vozes digitalizadas, um uso emblemático da narrativa do personagem central, combates com espada e gráficos elegantes, mesmo com exibição em branco e preto.
A nostalgia não morre
Jogos como Loxley são a prova cabal que os computadores e videogames do passado estão bem longe de serem extintos. E seria muito interessante ver os fabricantes desses produtos liberando suas tecnologias para desenvolvimentos independentes.
Agora, some isso ao desejo dos novos programadores em resgatar as tecnologias do passado, e teremos um cenário muito promissor para os próximos anos. Com certeza novos jogos e softwares virão para explorar as possibilidades de produtos que até hoje alimentam o imaginário dos viciados em games e em tecnologia.