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(Neste momento) o metaverso não passa de uma cópia ruim do Second Life

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A esvaziada Mobile World Congress 2022 trouxe poucas novidades no mundo da telefonia móvel, muitas novidades no segmento de notebooks, e um pequeno preview do metaverso… que nada mais é do que uma cópia psicodélica do Second Life.

O metaverso não é uma invenção da roda. Ambientes virtuais com várias pessoas ao mesmo tempo existem desde os tempos do mIRC, mas se modernizaram para formatos como Fortnite, Minecraft e o já mencionado Second Life.

Porém, o que temos agora é a tentativa do próximo passo, em um desespero de capitalização da evolução tecnológica que, pelo menos no momento em que escrevo este post, não impressiona a ninguém.

 

 

 

Está todo mundo subindo no trem do metaverso

Vários protagonistas do mundo da tecnologia realmente acreditam que o metaverso será a próxima fase do setor. Principalmente as operadoras de telefonia e internet, que já estão criando os seus espaços virtuais para vender planos e serviços.

O grande problema neste momento é que fica a clara impressão que tudo o que temos até agora foi feito às pressas, apenas para que essas mesmas empresas possam dizer “ei, já temos o metaverso antes de todo mundo… podem vir gastar o seu dinheiro com avatares!”.

Sabe… eu não sei se a banda vai tocar nesse ritmo com tanta facilidade…

Algumas propostas de metaverso apresentadas na MWC 2022 mais pareciam um parque temático para dependentes de Fanta Uva quente com Fandangos. Várias paredes de LED com avatares se movendo o tempo todo em uma área de concertos em realidade virtual.

E nem mesmo as amplas possibilidades de personalização dos avatares não explora todo o possível potencial que o metaverso possui. Até porque já tem gente preocupada com a largura de banda de internet necessária para gerenciar esse enorme volume de dados.

Na prática, por tudo o que foi apresentado na MWC 2022, ninguém sabe direito o que fazer com o metaverso, exceto realizar reuniões de trabalho com avatares inspirados em mangás japoneses, o que atrapalha qualquer tentativa de transformar esse negócio a sério (nada contra os mangás japoneses, que fique bem claro).

 

 

 

As tecnologias que facilitarão a expansão do metaverso

Tão difícil quanto encontrar uma utilidade para o metaverso é encontrar inovações e tecnologias que podem ajudar a expandir o conceito no mercado.

Já falamos um pouco antes sobre os problemas de consumo de internet para esse enorme volume de dados, mas alguns especialistas já pensam na otimização da latência dos dispositivos de realidade aumentada e virtual através das redes 5G.

A Qualcomm já está pesquisando como pode resolver isso, e uma das soluções propostas é uma antena de 5G com cobertura de 360 graus devidamente otimizada para o metaverso. Mas… explicar a coisa dessa forma cheira muito mais a marketing para atrair mídia do que em uma solução real e eficiente.

Outro ponto que precisa ser resolvido está na forma em que os usuários poderão acessar os ambientes virtuais. Não dá para o metaverso ficar limitado aos óculos. O ideal é que qualquer pessoa possa acessar essa tecnologia de forma tão natural quanto olhar para a janela em uma tarde de quinta-feira chuvosa.

Por outro lado, tecnologias que pareciam esquecidas podem dar o pulo do gato com o metaverto, como é o caso do 3D.

 

 

 

Onde será possível usar o metaverso?

Nesse momento, só nos jogos mesmo. E quem diz isso não sou eu. É o Satya Nadella, CEO da Microsoft.

Porém, da para a imaginar algumas utilidades para esse ambiente virtual, como por exemplo uma visita em um prédio em construção, se aproximar de outra pessoa que está no outro lado do mundo e até mesmo realizar uma visita virtual ao museu do Louvre.

Sem falar na exibição de informações relevantes sobre locais que estamos visitando presencialmente, mapas de uma determinada região ou vídeos sobre um determinado item do já mencionado museu.

No final das contas, todo mundo quer estar no metaverso, mas não sabe o que fazer nele. Tudo o que temos são projeções de futuro, com ambientes virtuais cada vez mais completos. Mas que ainda não convencem.

Exceto se a rave com Fandangos e Fanta quente começar a tocar canções da Iza e da Ludimilla. E… sim… qualquer pessoa se convence com essa trilha sonora.


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@oEduardoMoreira