A indústria de videogames foi revolucionada pelo Nintendo Switch, um console que proporciona aos seus usuários uma experiência híbrida única. Seja jogando em casa, conectada à TV, ou levando o dispositivo em viagens no modo portátil, a versatilidade é um dos seus principais atrativos.
E essa versatilidade não se limita apenas ao hardware, mas também ao software, permitindo a instalação de homebrew e a modificação para a execução de emuladores, copias de segurança e outros sistemas operacionais, mesmo que isso não agrade muito a Nintendo e seus advogados.
Geekerwan, um conhecido criador de conteúdo de tecnologia, decidiu levar o Switch ainda mais além, colocando o console para executar jogos de PC nativamente, aproximando o dispositivo do que um Steam Deck é capaz de fazer.
Ousadia e alegria com o Nintendo Switch
Embora o Nintendo Switch possua um catálogo de jogos invejável, alguns usuários preferem explorar suas capacidades, modificando o produto para obter o máximo de desempenho. Equipado com um chip Tegra X1 da Nvidia e uma memória não tão abundante, o console começa a enfrentar algumas limitações típicas de um produto que já tem seis anos de vida.
Porém, isso não impediu Geekerwan de utilizar o Switch para jogar títulos de PC, surpreendendo a comunidade gamer.
Com foco em sua portabilidade e na filosofia “jogue onde e como quiser”, a Nintendo fez algumas concessões no hardware, mas Geekerwan resolveu contornar algumas das limitações impostas, realizando um overclock extremo no chip e na memória do Switch OLED. Além disso, ele modificou o sistema operacional, instalando o Android e, posteriormente, o Ubuntu otimizado para o chip Tegra.
O resultado desse trabalho árduo permitiu a Geekerwan fazer o impensável: executar jogos de PC no Switch. O processador Tegra X1, que originalmente trabalha com quatro núcleos Cortex-A57 a 1,10 GHz, foi elevado para impressionantes 2,30 GHz. Enquanto isso, a memória passou de 1.600 MHz para 2.133 MHz.
Os resultados surpreendentes ficam evidentes nos benchmarks, mas ainda não conseguiram superar outros dispositivos mais poderosos, algo que é considerado absolutamente normal quando olhamos para o tipo de dispositivo que passou pelo overclock. Mesmo assim, dá para dizer que os resultados alcançados nos jogos são uma vitória para o modder.
Os jogos do PC rodando no Nintendo Switch, na prática
A performance em jogos nativos e emuladores no Android foi consideravelmente boa, mas o verdadeiro teste de fogo estava na execução dos jogos de PC de forma nativa no sistema operativo Ubuntu.
Títulos como Titanfall 2 tiveram melhorias, mas ainda alcançavam apenas 20 FPS de forma ocasional. Em jogos mais exigentes, como GTA V, Devil May Cry V e God of War, o desempenho caiu significativamente, atingindo baixas taxas de quadros, chegando a 6 e 7 FPS, respectivamente.
Apesar desses resultados não surpreenderem devido às especificações técnicas do console, é admirável o nível de personalização e modificação que o Switch permite, indicando que essa é uma plataforma altamente versátil para os entusiastas do modding e da emulação.
Além disso, alternativas como o jogo em nuvem com serviços como Game Pass em Android ou Moonlight para jogos de PC, também têm sido cogitadas como soluções para as limitações de hardware do console.
É uma reinvenção do Nintendo Switch pelas mãos da comunidade, mostrando que o videogame portátil terá uma sobrevida depois que a próxima geração do produto chegar ao mercado. Explorar todas essas possibilidades que ele oferece é uma espécie de revolução, onde a versatilidade pode ser muito bem utilizada para oferecer um nível de diversão ainda maior para os jogadores mais habilidosos.
No final das contas, é o Nintendo Switch que continua a surpreender no mundo dos videogames, e seu espírito inovador deve perdurar mesmo com a chegada das novas versões do produto.