Press "Enter" to skip to content
Início » Notícias » O apoio do Facebook para o projeto de criptomoeda Libra é reduzido

O apoio do Facebook para o projeto de criptomoeda Libra é reduzido

Compartilhe

Desde junho de 2019, a empresa de Mark Zuckerberg vem anunciando a Libra com muito alarde. Juntamente ao Facebook, está a Associação Libra, uma uma aliança antes composta por 28 membros, incluindo as principais empresas de tecnologia e finanças. Com o apoio do Mercado Pago, Uber, Visa, Mastercard e Spotify, a moeda seria gerenciada pela subsidiária Calibra, podendo ser utilizada em plataformas corriqueiras como o Messenger e WhatsApp.

Ao anunciar o lançamento, o Facebook disse em nota:

 

“Para muitas pessoas no mundo todo, até mesmo serviços básicos financeiros ainda estão fora de alcance: quase metade dos adultos no mundo não possui uma conta ativa em banco, sendo que esses números são maiores em países em desenvolvimento e ainda piores para mulheres. O custo dessa exclusão é alto — por exemplo, cerca de 70% dos pequenos negócios em países em desenvolvimento não conseguem ter acesso a crédito, e 25 bilhões de dólares são perdidos todos os anos por migrantes em taxas para remessas de dinheiro”.

 

Apesar da ideia ser atrativa e bem justificada, houve uma redução do apoio após os planos da criptomoeda serem derrubados por legisladores de todo o mundo, que se preocupavam com uma empresa com um histórico de escândalos de privacidade controlando os recursos dos cidadãos. Tal projeto também causou preocupações generalizadas de que terroristas e outras pessoas mal-intencionadas pudessem usar a Libra por razões ocultas, o que acabou resultando em mudanças, oficialmente anunciadas pela Associação em abril deste ano.

 

 

 

Quais foram as alterações?

 

Uma possível mudança de direção para Libra foi relatada em 20 de outubro de 2019, onde o Facebook pensou em lançar várias stablecoins. As stablecoins, diferentemente da criptomoeda Bitcoin, não possuem uma arquitetura aberta controlada unicamente pelo mercado, mas sim em conjunto com as moedas tradicionais.

O projeto Libra, que busca tornar mais fácil fazer pagamentos digitais, funciona similarmente aos serviços oferecidos por outras empresas. Há fatores que mostram que o Astropay é bastante seguro, por exemplo, semelhantemente às empresas como o Paypal e Transferwise, que são plataformas amplamente utilizadas e que oferecem possibilidades de pagamento virtual similares às moedas administradas pela Associação.

Portanto, assim como outros métodos de transações on-line, as moedas virtuais serão utilizadas amplamente por qualquer pessoa do mundo, em qualquer lugar, assim como serviços de cartão virtual pré-pago que também oferecem segurança e comodidade no depósito e transferência de quantias online.

 Em um novo white paper, foi confirmado que seriam criadas várias moedas, cada uma delas lastreada por uma nacional diferente, a fim de facilitar o comércio local. De acordo com a Associação, a moeda separada apoiada por várias outras seria útil para movimentar dinheiro entre países. Os membros do projeto disseram que queriam complementar em vez de competir com o dinheiro nacional. Agora, o Libra será um sistema fechado no qual apenas os parceiros com a aprovação da Associação poderão construir infraestrutura, como carteiras, para as moedas.

 

 

 

Sobre a Libra

 

De acordo com o plano inicial, a criptomoeda teria lastro em moedas tradicionais, como o iene e o dólar, tudo isso para evitar que ela sofresse com a volatilidade característica do Bitcoin, a cryptocurrency mais cara do mundo e a mais conhecida, com a chamada “qualidade sem permissão”, que concede ao mercado a possibilidade de alterar o seu valor.

Os planos para a Libra foram de mal a pior, com as audiências do Senado e a demissão dos membros fundadores da Associação. O PayPal se tornou a primeira empresa a deixar a Association em 6 de outubro; depois a Mastercard Inc., Visa Inc., eBay Inc., Stripe Inc. e Mercado Pago também desistiram do projeto e logo depois a Booking Holdings Inc. Restaram 21 membros do total inicial.

As alterações divulgadas pela Associação também aliviaram algumas preocupações entre os legisladores dos EUA, que temiam que a nova moeda pudesse competir com o dólar, como a China vem fazendo com o seu novo sistema de pagamento.


Compartilhe
@oEduardoMoreira