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O disco rídigo mecânico está com os dias contados?

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Muitos de nós nos lembramos do tamanho dos discos rígidos de nossos primeiros computadores, e bem sabemos que a capacidade desses discos era ridícula comparado com o que temos hoje.

Pois bem, os discos rígidos evoluíram e o espaço de armazenamento foi aumentando. Porém, a evolução foi tamanha, que hoje temos SSDs muito mais rápidos, com maior capacidade de armazenamento e relativamente mais baratos ou menos caros.

Diante disso, podemos dizer que o disco rígido, tal e como conhecemos, está com os seus dias contados?

Particularmente, penso que sim. Mas preciso apresentar argumentos para minha afirmação.

 

 

 

Novos formatos de armazenamento apareceram com o passar do tempo

Se antes o disco rígido era o principal formato de armazenamento para um computador, outros dispositivos apareceram nos últimos anos, apresentando propostas de armazenamento diferenciadas. Do MP3 player até o pendrive, novas propostas promissoras deram as caras, e essa quantidade de alternativas ajudou a promover a aposentadoria do disco rígido.

Além disso, o custo por mega ou por giga de cada uma dessas novas propostas foi caindo gradativamente. Hoje, é muito mais fácil comprar um SSD SATA e NVMe do que quando essas tecnologias apareceram, pois os preços eram realmente proibitivos.

A maior demanda desses produtos e a redução de preços em função do aumento da produção foram deixando os discos rígidos cada vez mais obsoletos. Na verdade, eles ainda são alternativas para quem quer reduzir custos de armazenamento, mas são cada vez mais raros dentro do ambiente de unidade de armazenamento principal.

A Apple mais uma vez largou na frente quando em 2012 apresentou a tecnologia Fusion Drive, que combinava o disco rígido mecânico com a memória flash NAND. Dessa forma, ela entregava uma maior capacidade de armazenamento com uma performance maior, e isso mudou a relação dos usuários com os sistemas de armazenamento no computador.

Aqui começou a corrida do SSD, onde os fabricantes tentaram aumentar a velocidade e a capacidade de armazenamento em um único pacote. Isso fez com que as inicializações dos computadores passassem a ser praticamente instantâneos, e o gerenciamento de grandes volumes de dados se tornasse algo muito mais rápido. Sem falar nos jogos que são executados com um desempenho pleno.

 

 

 

O cenário atual do disco rígido

Hoje, é possível encontrar combinações de SSD + HD em desktops, o que pode ser uma boa ideia para quem realmente precisa economizar algum dinheiro na hora de montar o seu computador gaming. Porém, o cenário mudou por completo nos notebooks, onde apenas as unidades de armazenamento de alta performance estão presentes.

Eu mesmo uso SSDs nos meus computadores desde 2017, e não me arrependo disso. Os discos rígidos não aguentavam mais a demanda de trabalho, e até mesmo nas tarefas mais básicas eu sentia o desempenho despencando gradativamente.

Hoje, eu não me vejo trabalhando em um computador com disco rígido mecânico. E não imagino ninguém trabalhando com qualquer tipo de tarefa dentro desse formato de armazenamento. Porém, isso não quer dizer necessariamente que esse formato de armazenamento está morto e enterrado.

Alguns fabricantes seguem inovando nesse campo, com unidades mais rápidas e confiáveis, além das capacidades de armazenamento que ainda são impensáveis no SSD. Servidores e workstations ainda se beneficiam (e muito) dos discos rígidos mecânicos, o que pode dar uma sobrevida ao formato.

Ou seja, a médio e longo prazos, ainda vamos depender dos discos rígidos mecânicos de alguma forma. Porém, os usuários domésticos já podem dar o salto para o SSD sem maiores problemas.

Ter um computador trabalhando exclusivamente com um HD tradicional é um erro grosseiro que pode ser evitado. Sempre vale a pena investir mais dinheiro em um SSD e garantir um desempenho pleno no computador ou notebook do que ficar com mais espaço de armazenamento e uma velocidade de carroça para gerenciar esse espaço.

Vai por mim: este é o típico caso em que o barato pode sair muito caro. Vale a pena investir em um SSD para o seu computador doméstico. Simples assim.


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@oEduardoMoreira