Eu considero seriamente a possibilidade de comprar notebooks antigos, para diferentes finalidades.
Um dos meus objetivos é testar o ChromeOS Flex em um computador que, em teoria, estava morto pela obsolescência tecnológica. Acho essa iniciativa incrível, já que pode recolocar no mercado notebooks antigos que ainda podem ser úteis nas mãos de muita gente.
Outro objetivo é seguir os passos que alguns usuários ao redor do mundo estão adotando recentemente: transformar o notebook antigo em uma plataforma de games na nuvem.
Muitos apostam que esse é o futuro dos games, e parte do sucesso desse futuro passa pela popularização da proposta. E os notebooks antigos podem assumir um papel de protagonismo neste caso.
A nuvem está cada vez mais interessante
Tal e como aconteceu no consumo de conteúdo multimídia por streaming (áudio e vídeo principalmente), os jogos via streaming estão encontrando um ponto de maturidade.
Muitos usuários estão até “se esquecendo” que estão jogando os seus games a partir de um computador que está em outro lugar. O que é ótimo, pois em um passado não muito distante alguns mais céticos entendiam que isso não seria possível.
É claro que é preciso ter uma internet decente para que tudo funcione. Não sei se os meus 350 Mbps aqui em Florianópolis (SC) serão suficientes para essa empreitada.
Por outro lado, como estamos falando do streaming, em termos de desempenho local, o hardware não será um impeditivo para que tudo funcione direito.
Muitos notebooks mais antigos que são insuficientes para rodar os jogos mais recentes de forma “presencial” (através da instalação do software no computador) podem rodar sem maiores problemas jogos na nuvem em resolução FullHD a 60 FPS.
O que, convenhamos, é uma façanha para qualquer dispositivo ou plataforma (online ou offline).
O streaming de jogos está melhorando tanto, que até mesmo o iPad já é capaz de rodar jogos avançados na nuvem, obtendo os dados de execução a partir de um servidor.
O Xbox Cloud Gaming não me deixa mentir.
Mas nem tudo são flores
Se estamos falando de um notebook, estamos supondo que esse usuário vai querer jogar os seus games preferidos via streaming em qualquer lugar.
Logo, na imensa maioria dos casos, esse usuário vai rodar seus jogos a partir de uma conexão WiFi que, por sua vez, precisa estar em ótimas condições. Caso contrário, nada de jogo.
O Google Stadia foi uma grande vítima dessa problemática estabelecida pela conexão WiFi. Quem tentou utilizar a plataforma em locais mais remotos ou onde até mesmo uma conexão de apenas 30 Mbps com uma baixa qualidade constatou que é praticamente impossível executar os jogos via streaming.
E isso é algo inerente a qualquer serviço via streaming disponível no mercado, independente do seu nome.
E mesmo com todo o avanço alcançado nos jogos via streaming, muitos usuários não conseguem bons resultados nos smartphones… ainda. Os principais jogos de PCs são pensados nas telas grandes, o que faz com que um número enorme de usuários acabe adotando um notebook para rodar os seus jogos em um tamanho de tela decente.
De qualquer forma, não é um absurdo pensar que as futuras gerações de consoles de videogames serão na prática um aplicativo na Smart TV ou em um notebook, em um futuro que apenas começou. E é melhor eu me preparar para ele desde já, sem medo de ser feliz.
Quem sabe aquele notebook velho ou seminovo não vira uma ótima máquina de entretenimento nas minhas mãos daqui a alguns meses.
Se isso acontecer, compartilho a minha experiência com vocês aqui.