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O mercado de tablets virou um duopólio, definitivamente…

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O lançamento do iPad em 2010 jamais determinou esse dispositivo como o substituto do computador tradicional ou notebook, mas como um intermediário entre o PC e o smartphone. E esse entendimento é algo bem aceitável, mesmo com os esforços de alguns fabricantes em dar um passo além nessa proposta.

Hoje, o mercado de tablets vive um autêntico duopólio, em um cenário de dominância entre duas marcas ou produtos que é muito mais acentuado que a batalha de fabricantes entre os smartphones.

Como as vendas de tablets não chegam perto de serem uma maravilha (principalmente agora que a pandemia acalmou), é hora de olhar para esse segmento com um pouco mais de atenção e cuidado.

 

Um duopólio mais do que claro

A tendência é bem clara: as vendas de tablets em todo o planeta caem ano após ano, e apenas durante a pandemia esse cenário mudou, e por motivos óbvios.

Isso também deixa claro que o tablet nunca chegou perto de cumprir com a missão proposta por Steve Jobs na Apple de ser um matador de notebooks, já que aqueles usuários que dependem de uma maior produtividade ainda usam os formatos tradicionais de computadores portáteis.

Além disso, o mercado de tablets está se tornando cada vez mais um segmento de duas marcas: Apple e Samsung. E eu sou uma prova disso: aqui no meu apartamento em Florianópolis, eu mantenho um iPad 6 Mini e um Samsung Galaxy Tab S7 FE, para propósitos diferentes.

O iPad Mini 6 é pensado no consumo de conteúdo de entretenimento em qualquer lugar, como filmes e séries via streaming na cama ou durante uma viagem. Já o Samsung Galaxy S7 FE existe na minha vida para exibição de partituras e trabalhos diversos de produtividade.

Sobre o duopólio, é preciso explicar que a Microsoft fica de fora dessa disputa por contar com um sistema operacional de desktop tradicional em dispositivos que, em alguns casos, contam com formatos muito similares a um tablet.

De qualquer forma, a Apple fez um bom trabalho em manter uma dominância dentro do segmento de mercado, recuperando terreno que perdeu em alguns anos com a oferta de dispositivos com preços muito mais competitivos.

Porém, todos voltaram para o iPad por conta da maior qualidade, longevidade e oferta de aplicativos que se adaptam ao formato do dispositivo de forma adequada, diferente da maioria dos tablets Android mais baratos, que nada mais são do que smartphones com telas enormes.

Já a Samsung se consolidou na segunda posição nos últimos anos, pois conseguiu se diferenciar dos demais fabricantes de tablets Android ao estabelecer um formato bem definido para os seus dispositivos Galaxy Tab.

Amazon, Lenovo e Huawei completam o Top 5 desse ranking global de tablets neste momento. Atrás dessas marcas mais populares, encontramos os fabricantes alternativos, que estão vendendo cada vez menos.

 

Os motivos para o fracasso dos tablets

Alguns fatores ajudam a determinar a queda nas vendas de tablets ao redor do planeta, como a durabilidade que esse tipo de dispositivo possui, que é mais longa do que a do smartphone por ser menos exposto por um uso menor.

Isso faz com que os ciclos de renovações de tablets sejam muito maiores que a dos telefones que, em média, são de três anos.

Além disso, a vida pós-pandemia faz com que esse tipo de produto seja menos vendido, pois a essa altura do campeonato todo mundo já comprou um tablet novo ou trocou o dispositivo usado.

No final das contas, o mercado de tablets é protagonizado por apenas duas marcas, o que é péssimo para uma expansão maior no segmento e até mesmo para o consumidor, que terá que pagar mais caro para ser obrigado a escolher entre Apple e Samsung para um dispositivo novo.

E esse não é um dos cenários mais agradáveis para quem vai comprar um tablet novo para chamar de seu.


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@oEduardoMoreira