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Os disquetes estão tão vivos, que tem gente vendendo eles até hoje

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Você, jovem com menos de 30 anos que está lendo estre artigo, eu pergunto: você já se deparou em algum momento da sua vida com um disquete?

Eu tenho quase certeza de que a resposta para a pergunta do parágrafo anterior é NÃO. Mesmo assim, não me custa nada perguntar. Afinal de contas, estamos falando de um dos elementos mais importantes da história da informática, permanecendo em nossas vidas por algumas décadas.

Pois bem, o que chama a atenção neste momento (e é um dos principais motivos para produzir um artigo como esse) é que os disquetes ainda estão vivos de alguma forma. Algumas lojas espalhadas pelo mundo comercializam o item, e alguns clientes investem dinheiro nesse formato de armazenamento que se tornou obsoleto com o passar do tempo.

 

As minhas melhores lembranças com disquetes

Sim, amigo leitor. Eu tenho 43 anos de idade, e sou velho o suficiente para afirmar que usei muitos disquetes na minha vida. Sistemas operacionais como Windows 3.1, Windows 95 e Windows 98 foram instalados em meus computadores através desses elementos de armazenamento, e todo o procedimento era um verdadeiro ritual mágico para quem viveu a época.

Os disquetes também eram muito utilizados para compartilhar arquivos de todos os tipos. Meus trabalhos escolares e, depois, projetos de faculdade e artigos profissionais, assim como os jogos de computador que normalmente eram copiados de algum amigo que tinha o mesmo título. Sem falar nos primeiros vírus que infectaram máquinas ao redor do mundo (em algum momento, você tinha que formatar o seu computador por causa disso).

Os disquetes fazem parte da história da informática e, por tabela, da história de muitas pessoas que hoje utilizam a tecnologia de forma pessoal e profissional. E pensar que até recentemente o Japão ainda precisava de disquetes em algumas de suas prefeituras para armazenamento de dados nos faz crer que ter outros segmentos comprando esse dispositivo de armazenamento não é algo tão surpreendente assim.

 

Por que ainda existem pessoas que estão comprando disquetes?

Se você pensou que os disquetes foram completamente erradicados do mundo da informática, sinto em dizer, mas você estava bem enganado. Tom Persky é o fundador do site floppydisk.com, que é dedicado a reparar, reciclar e vender todos os tipos de disquetes. E ele faz isso de forma regular (ou seja, não são vendas por encomenda) tanto para clientes empresariais como para pessoas físicas.

Um pacote de 10 disquetes custa no site do Tom US$ 14,95. Considerando que um disquete pode armazenar 14.4 MB, o seu custo por megabyte é de 0,96. Pode parecer pouco, mas se você calcular quanto você pagaria por 1 GB de armazenamento, o preço é de nada menos que US$ 986 por GB.

É caro demais, até mesmo para o tempo presente. Logo, é de se imaginar que apenas empresas muito específicas, instituições com necessidades especiais e colecionadores acabam investindo o seu dinheiro para adquirir disquetes neste momento. Tenho sérias dúvidas se um usuário qualquer utilizaria este método como principal mídia de armazenamento dos seus dados, abrindo mão de pendrives, SSDs e outras soluções mais confiáveis.

E o motivo para que os disquetes ainda sejam comercializados nos dias de hoje é um só: ainda existem muitos equipamentos informáticos antigos em funcionamento, o que torna este sistema de armazenamento algo necessário.

Um exemplo claro disso está na área da medicina, onde alguns dispositivos utilizados em pacientes ainda usam disquetes. Outro exemplo está no maquinário industrial, onde é algo comum ver equipamentos funcionando por décadas. E esses dispositivos foram adquiridos na época dos disquetes.

Mas o exemplo mais clássico do uso dos disquetes nos dias de hoje (e é o grupo onde estão os principais clientes da floppydisk.com) está nas companhias aéreas, que compram disquetes todos os meses por conta dos aviões que estão em operação neste momento. As aeronaves contam com mais de 20 anos de uso, e ainda usam disquetes para receber atualizações de software e correções.

Ou seja, por mais que se pense que o disquete foi extinto, isso está bem longe da realidade. Tudo bem, ele é utilizado em segmentos muito específicos. Mas isso não impede que ele se mantenha vivo em nosso mundo até hoje.


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@oEduardoMoreira